1.º de Maio: as mulheres saem à rua

O Dia do Trabalhador pode ficar este ano para a história portuguesa como o Dia da Trabalhadora, afinal esta é a data marcada para a apresentação de várias medidas que promovem a igualdade salarial, nomeadamente em sede de concertação social.

Na rua, as associações feministas vão gritar palavras de ordem. O MDM vai concentrar-se em frente ao Hotel Mundial, no Martim Moniz, às 15h00, lugar de onde parte para integrar a manifestação do 1º de Maio. Na Alameda Afonso Henriques marca presença também com uma casinha de informação.

“Portugal é um dos países onde o gap salarial entre mulheres e homens tem aumentado”

A UMAR é outra das associações feministas que marca presença na manifestação marcada para a Av. Almirante Reis, em Lisboa, e que vai reivindicar justamente a igualdade salarial. O ponto de encontro feminista está marcado para as 15h30 no Largo do Intendente.

1º de Maio internacional no feminino

Às redações estão a chegar imagens das manifestações de trabalhadores de todo o mundo que saem à rua para reclamar os seus direitos. As mulheres não estão a ficar em casa. No Cambodja são as trabalhadoras do setor têxtil que encabeçam protestos. Na Indonésia as mulheres distribuem flores como forma de protesto contra as condições degradantes de trabalho.

Na Turquia onde a polícia usou hoje gás lacrimogéneo para dispersar um grupo de manifestantes que se queriam juntar na praça Taksim, em Istambul, para celebrar o Dia do Trabalhador, apesar da proibição das autoridades, elas também estiveram em destaque. O grupo de manifestantes empunhava faixas com ‘slogans’ contra o Governo, como “viva o 1.º de Maio, e não ao ditador!”.

As autoridades turcas proibiram manifestações na Praça Taksim, o lugar simbólico de protestos na Turquia. Esta manifestação de celebração do Dia do Trabalhador surge duas semanas depois de um referendo que deu a vitória ao “sim” pelo reforço dos poderes presidenciais, um resultado contestado pela oposição.