Salvador Sobral: “Há esperança para a música sensível e simples”

Salvador Sobral

Duas semanas depois de ter vencido o Festival RTP da Canção, com a música ‘Amar Pelos Dois’, Salvador Sobral revela que a sua missão continua a mesma. “A de cantar este tema e esperar que [o público da Eurovisão] goste dela. A canção é boa e fico feliz que Portugal tenha tido a sensibilidade de a ter escolhido”, revelou esta terça-feira o jovem de 27 anos, numa conferência em Lisboa organizada pela OGAE Portugal, uma associação de fãs do certame que decorre entre 9 e 13 de maio em Kiev, na Ucrânia.

Com a sua já conhecida boa disposição, o representante português revela que já foi espreitar alguns dos temas que competem no concurso europeu. “São canções mais pop, fáceis de agradar ao público. Há muitos hambúrgueres e a nossa canção é um tartare. Só gostei da canção da Itália, ele é engraçado”, contou, entre risos. Salvador que se mantém no top cinco de apostas internacionais para vencer o certame, revela que isso “significa que há esperança para a música sensível e simples”.

Sobre a mediatização dos seus problemas de saúde, constante desde que venceu o concurso da RTP, Salvador Sobral foi parco em palavras: “É triste, mas não me surpreende. O que eu quero é cantar. Isso não tem nada que ver com a música e não falarei sobre esse assunto”, frisou.

A irmã do cantor, Luísa Sobral, autora do tema que vai representar Portugal, frisa estar “muito contente” com o feedback do público. E não só. “Há rádios que nunca passaram a minha música, nem a do meu irmão, nem canções do festival, e que agora, com a conjugação disto tudo, passam a nossa”. A compositora adiantou que o facto de os irmãos nunca terem ligado muito ao Festival da Canção e à Eurovisão enquanto cresceram, os ajudou na edição deste ano. “Talvez por isso tenhamos feito esta participação de uma forma relaxada, isso ajudou-nos”, rematou.

Carla Bugalho, a chefe da delegação da RTP na Eurovisão, explicou que a RTP está preparada para receber uma Eurovisão em 2018, caso a vitória deste ano pertença a Salvador Sobral, e conclui: “O que queremos é a nossa melhor prestação de sempre”.