A israelita que foi a primeira dama de ferro

GOLDA MEIR
FILE- Israeli Prime Minister Golda Meir is shown at a Washington press conference in this1970 file photo. King Hussein urged Meir, shortly before the 1973 Yom Kippur war, to make a peace move toward Egypt because his intelligence had found ominous buildups along the Egyptian and Syrian borders, according to ``Crossing the Jordan,'' a book by Israel journalist Samuel Segev to be published in late April. (AP Photo/File)

Golda Meir tornou-se em 1969 a primeira mulher (e até agora única) a chefiar o governo de Israel. Ocupou o cargo cinco anos, tendo liderado o país durante a guerra israelo-árabe de 1973.

Golda nasceu numa família judaica, os Mobavich, em Kiev, em 1898, nos tempos de Rússia dos czares. O pai emigrou para os Estados Unidos e ao fim de alguns anos o resto da família juntou-se-lhe em Milwaukee. Nos Estados Unidos, a jovem Golda chegou a ser professora primária, mas o seu entusiasmo pelo sionismo levou-a em 1921 a fixar-se na Palestina, então sob mandato britânico. Tinha casado com Morris Meyerson, mas mais tarde adaptou o apelido para Meir.

Mãe de um rapaz e de uma rapariga, rapidamente se tornou uma das líderes do movimento que queria recriar o Estado de Israel, vivendo num kibutz, fazendo parte do sindicato nacional e do partido socialista Mapai. Em 1948, Golda foi um dos signatários da proclamação de Israel.

A sua primeira grande missão foi ser a pioneira embaixadora israelita na União Soviética, mas depois foi ministra do Trabalho e dos Negócios Estrangeiros até assumir a chefia do governo em 1969. O ano de 1973 foi terrível, mas mostrou porque lhe chamavam de “dama de ferro” (epíteto que também seria dado à britânica Margaret Thatcher): com os países árabes prestes a atacar, teve de decidir não fazer uma ofensiva preventiva contra Egito e Síria, pois os Estados Unidos tinham dito que se isso acontecesse não forneceriam armas a Israel. Liderados por Golda Meir, os israelitas resistiram na Guerra do Yom Kippur com ajuda dos americanos. Mas no ano seguinte, a primeira-ministra achou que era hora de sair, pois tinha 76 anos. Morreu em 1978.