A varanda da moura

Vêm aí as melhores noites do ano para estar lá fora, seja de Victoria Secret seja de mohair. Não, espere, não venha já dizer que ah-e-tal-site-de-feministas-separatistas! Não vale a pena, ponha lá um tipo de calvinkleines ou em Burberry, então. Pode ser assim? Ou um de cada, se lhe apetecer.

A tendência grande de mercado que tem sido o jardineiro urbano volta este ano ainda mais forte. Não só por causa das flores e do fazer bonitinho, mas agora também pela fileira cada vez mais crescente dos que querem ter o seu próprio horto ou jardim de cheiros, no meio da cidade. E uma varanda basta.

E se lhe disser que pode ter os dois, o lindo e o prático? É só não abarracar e manter um mínimo de aprumo, como tão bem já o fizemos antes, quando éramos árabes e estávamos a construir Alhambras.

A proposta Delas é fazer da sua varanda ou balcão um mimo histórico inspirado nos mouros que tornaram o calor numa arte de vida, como só o poderia conceber um povo que vinha do deserto e que tinha como layout do paraíso eterno um prado verde cheio de fontes e de virgens.

O Ikea, apesar de nórdico ou especialmente por isso, está na vanguarda desta tendência, e tem disponível desde dia 17 deste mês a coleção de exterior Jassa, toda mourisca, de sombra, água fresca e perfume de flores e manjericão. E com peças desenhadas por figurões do design, como Piet Hein Eek, aos preços do costume.

Nem os vikings resistem, não é? Por isso é que todos eles tentam de novo ter casa cá.