Agir e Paulo de Carvalho juntos como jurados em ‘Just Duet’

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A estação de Carnaxide aposta num novo talent show para as noites de domingo, ‘Just Duet’. O formato que se estreia a nove de abril conta com João Manzarra na apresentação e um leque de jurados composto por Paulo de Carvalho, Agir, Gisela João e Héber Marques que desempenham, pela primeira vez, a tarefa de avaliar novos talentos.

Gabriela Sobral, diretora de programas da SIC, justifica a escolha deste formato, em detrimento de outros já existentes no canal, como é o caso de ‘Ídolos’ ou ‘Factor X’. “É um programa que tem um componente surpresa que são os duetos. Ao invés dos talent shows que tivemos nos últimos anos, este tem, de facto, este fator surpresa que são as duplas”, explicou a responsável na apresentação à imprensa do programa nos estúdios da Valentim de Caravalho, em Paço de Arcos, onde é gravado ‘Just Duet’.

Frederico Ferreira de Almeida, diretor-geral da FremantleMedia Portugal, afirmou que a escolha dos elementos que compõem o júri foi feita “em concordância com a estação”. “Depois de muitas conversas com o canal, a primeira pessoa que foi falada e abordada foi Agir. Através dele, desencadeou-se o processo [da escolha] dos outros jurados, nomeadamente, com o Paulo de Carvalho, de seguida com o Héber [Marques] e com Gisela João. O facto de artistas consagrados se predisporem a cantar com candidatos a artistas é o elemento diferenciador de todos os outros formatos existentes até aqui”, explicou.

A mecânica do programa é composta por três fases. Na primeira, os concorrentes cantam a solo e precisam de conquistar, no mínimo, três votos a favor para passarem à seguinte etapa. Na segunda fase, os candidatos são juntos em duplas, pela produção do programa e jurados, e são avaliados como tal. Na última fase, que corresponde às galas em direto, cada membro do júri fica com quatro candidatos. Os concorrentes passam a formar duplas com o seu mentor e as suas atuações serão avaliadas pelos restantes três jurados. O vencedor de ‘Just Duet’, escolhido pelo público, conquista a oportunidade de gravar, em estúdio, um tema com o seu “mentor”.

Agir mostrou-se entusiasmado com o novo desafio que tem em mãos, apesar da “complicada” tarefa de avaliar novos talentos. “É sempre uma posição complicada julgar, até porque estamos a lidar com o sonho destes candidatos, melhores ou menos bons. Nesse sentido, é preciso sempre ter uma atenção especial, mas não nos podemos deixar prender por isso e temos de julgar, que é para isso que cá estamos”. Para que um candidato conquiste a sua preferência, o intérprete do tema ‘Tempo É Dinheiro’ procura “o pacote completo”. “Há pessoas que têm uma voz estrondosa, mas não têm muito carisma ou vice-versa. Tem mesmo de ser um conjunto. Para além disso, têm de ter muita fome de vencer”. Agir promete competição, “seja com quem for”, até com o pai, que integra o leque de jurados.

Com a sua participação no programa, Paulo de Carvalho tem a oportunidade de interagir com “sangue novo”, um exemplo que tem dado “muitas vezes” ao longo da sua carreira. O cantor de 69 anos afirmou não temer a competição, “desde que seja saudável”. O concorrente ideal, para Paulo de Carvalho, “é aquele que faz bem a sua profissão, ou seja, com questões base como a afinação, tempo, e que traga qualquer coisa de novo em termos musicais. Apesar de ser difícil, mas há sempre quem nos surpreenda”, afiançou.

O programa arrancou com as gravações esta segunda-feira e Héber Marques, vocalista da banda HMB, mostrou-se “surpreendido” pelos talentos que passaram, até agora, pelo palco de ‘Just Duet’. “Há gente com muito talento”, assegurou. Gisela João afina pelo mesmo diapasão. “Já apareceram pessoas que me tocaram particularmente”. A fadista assume ter aceitado participar no programa pela oportunidade de transmitir conhecimento aos concorrentes.

João Manzarra regressa à condução de um talent show, após apresentar, em 2015, a sexta edição do ‘Ídolos’. “Há algum tempo que já não fazia um programa de televisão. Um ano e meio depois, tenho a missão de conduzir este ‘Just Duet’. Ontem [domingo] arrancaram as gravações e, curiosamente, senti alguma ansiedade, o que reflete um pouco a responsabilidade e a maturidade”, admitiu. O público sentiu, também ele, a ausência do apresentador. “Houve pessoas muito simpáticas que me perguntaram quando é que regressava”, disse.