As 3 Marias apresentam álbum “Depois”

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O álbum de As 3 Marias, “Depois”, que “em termos de sonoridade apresenta uma nova linguagem musical”, como afirmou um dos seus elementos, Cristina Bacelar, é levado este domingo ao palco da Casa da Música, no Porto.

As 3 Marias são Cristina Bacelar (guitarra e voz), Fátima Santos (acordeão) e Ianina Khmelik (violino), e juntaram-se em 2009.

“Em termos de sonoridade, [neste CD saído em finais de janeiro] há uma nova linguagem (…), foi tudo pensado antes de chegar até aqui, até porque não fazia sentido fazer um disco igual aos anteriores”, disse Cristina Bacelar, que acrescentou: “Os discos fazem sentido se forem diferentes e encaramos isto como um desafio”.


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O álbum foi produzido por Nuno Gonçalves dos The Gift, que foi “fundamental” nesta nova “roupagem musical”, em que o trio do Porto misturou os seus instrumentos acústicos com a eletrónica e deu uma linguagem musical “mais pop” que é a novidade, na medida em que, em anteriores trabalhos, “já tinham experienciado a eletrónica”.

“Este é um disco de canções, para ser partilhado, um disco com que as pessoas se podem identificar com as letras, que falam das questões inerentes a todo o ser humano, são letras bem-dispostas, é um disco alegre, e mesmo [a canção] ‘Ruga de Expressão’, que fala da perda, é uma perda com renovação, com oportunidade, com uma alternativa”, argumentou.

“São canções que as pessoas vão cantar, e vão identificar-se com as letras, porque estão mais acessíveis, e é um disco que tem uma característica muito mais comercial do que qualquer trabalho que As 3 Marias já fizeram, e nós também não escondemos isso”.

O CD é maioritariamente composto por Cristina Bacelar, que assina a letra e música de sete das oito canções do disco, que inclui ainda um instrumental, “Porto em Rumba”, também de sua autoria.

As exceções são “E me cantei”, uma letra de Simone de Oliveira, que Cristina Bacelar musicou, e “João e Maria”, de Chico Buarque, o que, para Cristina Bacelar, foi “um regresso à adolescência”, em que ouvia e começou a tocar bossa nova.

Cristina Bacelar afirmou que “era preciso mudar” e reconheceu que a “assinatura de Nuno Gonçalves” na produção do álbum foi decisiva para esta “nova sonoridade”, referindo o sucesso dos Gift e dos Amália Hoje, projetos dos quais o músico de Alcobaça faz parte.

“A assinatura de Nuno Gonçalves só foi influente nesta mexida de sonoridade porque domina muito bem esta linguagem da pop e da eletrónica, mas soube compreender a nossa sensibilidade acústica e soube cruzar tudo isto”, afirmou.

O álbum, o terceiro do trio, “é um trabalho feito a oito mãos”, rematou Cristina Bacelar, incluindo no trio Nuno Gonçalves, que “teve uma influência capital”.