Turia Pitt, desportista e modelo, voltou a completar uma corrida, cinco anos depois de ter superado o estado crítico em que se encontrava, devido a queimaduras na maior parte do corpo. Pitt concluiu o Triatlo do Homem de Ferro Australiano, que incluiu 3,8 km de natação, 180 de bicicleta e 42 de corrida.
Pitt corria, em 2011, a ultramaratona, uma prova de resistência de 100 km, na Austrália, quando uma mudança de direção do vento a encurralou entre as chamas. Pitt queimou 64% do corpo, perdeu os dedos da mão direita e passou cinco meses nos cuidados intensivos.
O incêndio já deflagrava há vários dias e apesar de os responsáveis pela corrida saberem disso, não foram tomadas as precauções necessárias. Turia Pitt conseguiu prová-lo, o que valeu à antiga modelo cerca de 10 milhões de euros. O valor será canalizado para pagar os procedimentos hospitalares e as delicadas futuras operações.
Durante a recuperação, os médicos avisaram Turia de que provavelmente não iria voltar a correr, tal era o estado crítico da desportista. Contudo, a atleta recuperou e treinou-se para a prova do Homem de Ferro, com o intuito de mostrar que está melhor agora do que estava em 2011. “Foi a coisa mais difícil que alguma vez fiz”, contou Turia ao “The Daily Telegraph”.
Durante a recuperação, a atleta contou com o apoio incondicional do namorado, Michael, que se manteve muito presente e disponível. À Fairfax Media, Pitt confessou que recuperou grande parte da autoestima depois de concluir a prova: “A minha autoestima tem estado sempre muito ligada às minhas capacidades físicas, portanto quando eu não consigo fazer alguma coisa sinto-me pessimamente.”
Pitt tem-se dedicado à angariação de fundos para a Interplast – uma ONG especializada em cirurgias reconstrutivas nos países em desenvolvimento, para a qual espera conseguir 60 mil euros. A atleta de 28 anos já tem a sua próxima prova definida: uma corrida de 96 km na Papua Nova Guiné.
