De menina de Spielberg a promessa da Netflix

Drew Barrymore tem 41 anos
Drew Barrymore tem 41 anos

É verdade que se estreou aos olhos do mundo quando tinha 11 meses, numa campanha publicitária, mas foi aos seis anos que se tornou conhecida ao interpretar o papel de Gertie em ‘E.T. – O Extraterrestre’. Entre este filme realizado por Steven Spielberg e ‘Santa Clarita Diet’, a série da Netflix que se estreia em fevereiro e que é a sua primeira incursão na televisão, ficaram 41 anos de sucessos profissionais, mas também de desgostos pessoais.

A vida de Drew Barrymoore estava destinada ao mundo do espetáculo. O seu pai era o ator norte-americano John Drew Barrymore, a sua é mãe a atriz e produtora alemã Jaid Barrymore, filha de refugiados húngaros. A avó paterna foi Dolores Costello, tida como a deusa do cinema mudo. Os bisavós, uma tiavó, os tios… todos eles atores.

A atriz como Gerty do filme 'E.T. - O Extraterrestre', de 1982
A atriz como Gertie do filme ‘E.T. – O Extraterrestre’, de 1982

A presença constante no universo das estrelas de Hollywood e a fama que alcançou – não só com aquele filme mas também quando foi nomeada, em 1984, aos 9 anos, para o Globo de Ouro de Melhor Atriz Secundária pelo seu papel em ‘Divórcio em Hollywood’ – tiveram um impacto negativo em si. Nessa altura, aos 9 anos, Drew Barrymore já fumava cigarros. Aos 11 consumia bebidas alcoólicas, aos 12 fumava haxixe e aos 13 era viciada em cocaína.

Seguiram-se um internamento numa clínica de reabilitação e, um ano depois, uma tentativa de suicídio e novo internamento. Em 1990, descreveria esse período da sua vida na autobiografia ‘Little Girl Lost’ de uma forma despojada de qualquer pudor. “Eu amava heroína. Ponto final. (…) Em parte, ser viciada deve-se à procura constante do antídoto perfeiro para as dores. É como um médico tratar uma doença com um antibiótico específico”.

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Barrymore na adolescência

Ainda adolescente, conseguiu que o tribunal a considerasse apta a tomar conta de si própria. Foi viver sozinha para um apartamento e nunca mais voltou ao mundo das drogas.

“Tomar más decisões não faz de ti uma má pessoa. É desta forma que aprendemos a fazer melhores escolhas”.

O lado pessoal contrasta com o profissional. ‘Homens à Parte’ (1995), ‘Toda a Gente Diz que te Amo’ (1996), ‘Gritos’ (1996), ‘Para Sempre Cinderela’ (1998), ‘Os Anjos de Charlie’ (2000), ‘Donnie Darko’ (2001), ‘A Minha Namorada Tem Amnésia’ (2004), ‘Um Golpe de Sorte’ (2007) e ‘Grey Gardens’ (2009), este um filme que lhe deu um Globo de Ouro, são alguns dos sucessos da sua carreira, que a partir de 2009 fundou a sua própria produtora, a Flower Films. Nesse mesmo ano estreou-se na realização com ‘Sobre Rodas’. “É uma realizadora sensível, que sabe como e quando um momento emocional deve permanecer na tela”, elogiou a revista ‘Time’.

Uma das imagens de cenas que a Netflix divulgou de 'Santa Clarita Diet'
Uma das imagens de cenas que a Netflix divulgou de ‘Santa Clarita Diet’

‘Santa Clarita Diet’ é o próximo passo na sua carreira até agora dedicada ao cinema. O salto para o pequeno ecrã acompanha a tendência do mercado, que tem ido buscar para a TV muitos dos atores – e realizadores – até há pouco tempo dedicadas à Sétima Arte.

A atriz coprotagoniza com Timothy Olyphant esta comédia irónica sobre os problemas da vida a dois e cuja ação se centra em Sheila e Joel, um casal de agentes imobiliários com uma existência completamente vulgar, até ela decidir fazer uma mudança drástica no seu estilo de vida e arrastar o marido para uma espiral de morte e destruição. Ou não.


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