Morreu a deputada britânica baleada e esfaqueada em Leeds

RTX2GKQ3
Batley and Spen MP Jo Cox is seen in Westminster May 12, 2015. Yui Mok/Press Association/Handout via REUTERS ATTENTION EDITORS - FOR EDITORIAL USE ONLY. NOT FOR SALE FOR MARKETING OR ADVERTISING CAMPAIGNS THIS IMAGE HAS BEEN SUPPLIED BY A THIRD PARTY. IT IS DISTRIBUTED EXACTLY AS RECEIVED BY REUTERS AS A SERVICE TO CLIENTS. NO RESALES. NO ARCHIVE. - RTX2GKQ3

A deputada britânica, Jo Cox, membro do Partido Trabalhista foi baleada e esfaqueada enquanto fazia campanha pela permanência do Reino Unido na UE, esta quinta-feira de manhã, não resistiu aos ferimentos e acabou por falecer.

Os acontecimentos tiveram lugar nos arredores de Leeds, em plena rua na pequena localidade de Birstall, no norte de Inglaterra, enquanto Cox se reunia com os eleitores da região. Segundo o jornal ‘The Sun’, Cox foi atingida com três tiros e sete facadas.


Veja ainda o artigo Alemanha quer acabar com poligamia e esposas menores entre imigrantes


O ataque à deputada sucede-se a uma rixa entre dois homens, durante o encontro com os eleitores locais em Brisball. Alegadamente, Jo Cox terá tentado por fim aos conflitos, mas um dos intervenientes baleou-a. O suspeito de 56 anos foi detido, ainda no local, pelas autoridades.

Testemunhas revelam à imprensa local que a deputada de 41 anos e mãe de dois filhos não foi a única a sair ferida do incidente, existindo, pelo menos, mais uma pessoa esfaqueada durante a escaramuça. Segundo testemunhas, o presumível homicida, Thomas Mair, terá gritado “Britain First” (“A Grã-Bretanha Primeiro”) durante o ataque.

A organização não-governamental Southern Poverty Law Centre, um grupo norte-americano de defesa dos direitos civis, informou que Mair seria um “devoto apoiante” de um grupo neonazi dos Estados Unidos.

A deputada foi rapidamente transportada, por helicóptero, até ao hospital – Leeds General Infirmary.

Jo Cox havia sido eleita como representante do Partido Trabalhista no Parlamento em 2015.

Deputada alvo de ameaças
Jo Cox foi alvo de ameaças recentemente, informou a polícia britânica sem contudo estabelecer uma relação direta entre as ameaças e o homicídio.

“A polícia foi alertada pela deputada Jo Cox sobre mensagens ofensivas e um homem foi detido em março de 2016 no âmbito desse caso”, informou a polícia num comunicado.

“O homem foi advertido pela polícia”, acrescenta o texto, precisando que o suspeito das ameaças “não é o homem detido” após o homicídio da deputada.

Segundo o jornal ‘The Times’, Jo Cox recebeu ameaças durante três meses e a polícia chegou a avaliar medidas de segurança adicionais para a proteger.

Campanha suspensa
A campanha pela permanência do Reino Unido da União Europeia no referendo de quinta-feira suspendeu as atividades previstas, na sequência do ataque à deputada trabalhista.

“Suspendemos todas as ações de campanha para o resto do dia [quinta-feira]. Os nossos pensamentos estão com Jo Cox e com a sua família”, lê-se numa mensagem divulgada na conta na rede social Twitter da campanha “Stronger In”.

Segundo o jornal ‘The Guardian’, a campanha pela saída do país da UE (‘Brexit’) também decidiu suspender a campanha no dia do ataque.

(Notícia atualizada dia 17 de junho às 11h20)