“Disseram que uma bailarina negra numa peça é uma distração”

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As “razões pessoais” que levaram Benjamin Millepied, o marido da atriz Natalie Portman, a abandonar a direção do Ballet da Opera de Paris afinal tinham a ver com racismo. O verdadeiro conteúdo da justificação dada em fevereiro, quando deixou o cargo, foi agora conhecido devido a documentário que se estreia em janeiro.

“Ouvi alguém dizer que uma rapariga negra numa peça de ballet é uma distração. Se houver 25 raparigas caucasianas, todas olham para a negra”, cita a publicação ‘Page Six’, que teve acesso ao filme. “Todos na companhia [de bailado] tem de ser iguais, ou seja, todos têm de ser caucasianos.”

Na altura em que o marido de Portman abandonou a sua posição na direção do bailado da Opera de Paris, a decisão foi recebida com grande espanto. “Apercebi-me de que é demasiado difícil tornar [a companhia] naquilo que acho que é o mais relevante para o ballet nos dias de hoje”, revela Benjamin Millepied também do documentário ‘Reset’.

Os dois anos no cargo terão sido suficientes para Millepied se aperceber da dificuldade de executar as mudanças necessárias, não só em diversidade mas também nos cuidados médicos, que, segundo ‘NYMag’, são “rudimentares.”