No final de 2016, Ban Ki Moon vai deixar o cargo de Secretário-Geral das Nações Unidas. A corrida para o cargo já começou e há duas candidatas, que partem da mesma campanha: a que quer eleger uma mulher para o lugar mais importante da organização internacional.
A WomanSG tomou corpo e forma na primavera de 2015. É uma organização de lobby, dentro das Nações Unidas, que tem como mote a frase:
“Já tivemos 8 homens como secretários-gerais e a 9ª deve ser uma mulher.”
Depois de ter reunido um conjunto de nomes de possíveis candidatas, que inclui Christine Lagarde, Angela Merkel ou Michelle Bachelet, entre outras – perfis que têm em comum a liderança de países ou instituições internacionais e capacidade diplomática – as mulheres apoiadas na reta final pela WomanSG foram escolhidas também de acordo com o critério geográfico: são ambas do grupo de países da Europa de Leste, que está também nunca teve um representante na liderança da organização.
Irina Bokova é atualmente a diretora-geral da UNESCO, nasceu na Bulgária há 64 anos e tem uma longa carreira diplomática e política. Educação de qualidade, cooperação científica e liberdade de expressão são algumas das suas causas.
Vesna Pusic, de 63 anos, acumula as pastas de Vice-Primeira-Ministra e Ministra dos Negócios estrangeiros da Croácia. É conhecida pelas suas posições a favor da igualdade de género e dos direitos LGBT.
Uma questão de influência
A missão que a WomanSG (mulher Secretária-Geral) tomou para si é tornar mais próximos da população mundial os seus representantes. Mais de metade da população mundial é composta por mulheres, as mulheres são historicamente mais afetadas pela pobreza e pelos conflitos. Paralelamente, projetos de melhoria das condições de vida das mulheres têm tido impactos positivos nos indicadores de desenvolvimento das populações afetadas por tais programas (levados a cabo pela UNICEF, pela UNWomen, etc). Está na hora, segundo da WomanSG de ter uma mulher num cargo capaz de influenciar decisões de paz e de guerra e de apoio às populações em estado de carência, de acordo com um perfil mais feminino.
WomanSG defende que ter uma mulher como Secretária-Geral das Nações Unidas dará mais força às mulheres em todo o mundo e será um símbolo influenciador do potencial feminino. As mulheres serão inspiradas pela mulher que for eleita e chegarão mais longe.