Este ano o Salão do Móvel de Milão é delas

Já está a decorrer a feira de mobiliário mais famosa do mundo. O Salone del Mobile Milano é a meca onde ruma toda a gente à procura das novidades mais esperadas do mercado. É piroso dizer, mas quem é alguém vai estar em Milão; não são só as marcas produtoras, são também os designers, os decanos e os estreantes, ainda de cintura fina e sorriso pronto para as câmaras, artistas, lojistas, decoradores, arquitetos, todos aqueles a quem vivermos bem diz respeito.

O Salão do Móvel são muitas feiras numa: ao mesmo tempo decorrerá a Euroluce, virada apenas para as iluminações, as de interior, exterior e técnica, o Salão dos Complementos, ou seja tudo o que na decoração não é mobília mas é o resto, o novo Workplace 3.0, onde mais que conhecer o que já existe, se projetarão as necessidades e desejos para os espaços de trabalho. E para mim o melhor de todos, o Salão Satélite, para todos os fora-da-caixa que não cabem em nenhuma das anteriores categorias.

Em toda a cidade se tira partido dos curtos dias do Salone e cada boa loja e galeria se engalanam e decoram a pensar nos influentes que lhes possam cruzar as montras.

As mulheres desenhadoras são desde sempre presença no Salão, naturalmente. Mas neste de 2017 algumas marcas puxam pela questão de género e tentam mostrar como estão abertos a esta questão. Especialmente a De Castelli, uma favorita desde sempre na produção de mobiliário metálico, que apresenta a coleção Tracing Identity, desenhada apenas por mulheres, demonstrando que até o frio e rijo metal se dobra perante elas.

Mas para além das sete valquírias metálicas da De Castelli, são muitas as designers que se podem ver até dia 9 em Milão. E duas portuguesas que são um orgulho.