Fátima Lopes explica o “amor em tempo de crise”

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Eduardo Sá e Fátima Lopes

A apresentadora da TVI vai conduzir aquele que será o seu primeiro formato no canal de informação TVI24, ao lado do psicólogo clínico e psicanalista Eduardo Sá. A estreia está agendada para a primeira semana de fevereiro, em dia a anunciar, e o programa será exibido na faixa horária do prime time televisivo.

“Em cada emissão de ‘Amor em Tempo de Crise’ há um tema diferente e nós procuramos fazer reflexões à volta da relação a dois, das dificuldades que os casais enfrentam, da forma como manter uma relação saudável, daquilo que nos une e nos separa, do papel das fantasias, da traição, do respeito, dos filhos, da sexualidade, da conjugalidade… Na verdade, penso que passamos pelas áreas mais importantes dentro do tema do amor e foi muito produtivo. Foi das coisas, para mim, que mais me ajudaram a crescer até como mulher”, explica a anfitriã do talk show, que conta com 13 emissões previamente gravadas.

Fátima Lopes mostrou-se feliz e entusiasmada por dividir a apresentação com o especialista em saúde mental. “O Eduardo [Sá] é a pessoa que todos nós conhecemos e falar com ele já é um privilégio, porque aprende-se muito. Tem um visão da vida muito completa e depois é uma pessoa que não tem medo de ter opiniões que vão contra as gerais”, elogiou, admitindo que discordou com algumas opiniões do psicólogo pelas suas “diferentes experiências de vida”. “Havia coisas que o Eduardo dizia que eu ficava surpreendida, mas efetivamente há diferenças que não têm de ser más. Desde que sejam compreendidas e trabalhadas, podem ser produtivas e isso é um das coisas que aprendi com ele”, revela.

O objetivo passa por “ajudar muitos casais, no sentido de se fazer uma reflexão despretensiosa, porque isto não é uma discussão académica”.

“É uma conversa entre duas pessoas. Uma com grande experiência em ouvir relatos de vida e outra pessoa muito habituada ao contexto de consultório e com grande experiência de vida também”, elucida a apresentadora sobre o programa, que contará ainda com a opinião de cidadãos.

A ideia da criação do projeto surgiu de ambas as partes no contexto da crise económica vivida em Portugal e a chegada da Troika. “Numa das vezes que eu e o Eduardo nos juntamos para um café, começamos a falar sobre o facto dos casais também se ressentirem com a crise e que isso também acaba por afetar de alguma maneira as famílias. Achamos que isso poderia dar origem a um programa”, explicou a comunicadora.

“Não há saúde física sem saúde emocional e vice-versa e todas elas são importantes”, acrescentou Fátima Lopes.

Sérgio Figueiredo, diretor de informação da TVI, justifica a presença do programa na grelha do canal informativo da estação de Queluz de Baixo. “Não consigo conceber um canal de informação sem pessoas e sentimentos, que é disto que o programa trata”, começa por dizer o responsável. “Já fizemos neste próprio canal um programa com Manuel Luís Goucha a fazer uma sequência de entrevistas extraordinárias às mulheres da vida dele e portanto não somos propriamente inovadores na descoberta deste formato, mas não deixa de ser um ato de ousadia por não se tratarem de temas óbvios. […] Julgo que o que se espera de um canal de televisão é a capacidade de surpreender e trazer algo de novo num momento em que é mais fácil copiarmo-nos uns aos outros por falta de tempo ou de meios”, termina.