Duas mulheres na corrida para a Direção-Geral de Saúde?

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Francisco George deixa o cargo de diretor-geral da Saúde em outubro, o mês em que completa 70 anos. No seu lugar, diz numa entrevista publicada esta terça-feira, no jornal ‘i’, gostaria de ver uma mulher.

“Gostava que depois de mim viesse uma mulher. Dou muita importância à igualdade de género nos quadros da função pública e aqui na Direção-Geral de Saúde (DGS) temos procurado manter o equilíbrio: sou diretor-geral e tenho duas subdiretoras. Dos quatro chefes de serviço, dois são mulheres”, refere o responsável numa entrevista conjunta com Graça Freitas, uma das subdiretoras da DGS e potencial candidata ao cargo.

Questionada sobre esta possibilidade, Graça Freitas diz que “nesta fase é muito precoce assumir qualquer candidatura”.

Graça Freitas, Subdirectora Geral da Saúœde ( Pedro Rocha / Global Imagens )
Graça Freitas, subdirectora-geral da Saúœde ( Fotografia: Pedro Rocha / Global Imagens )

A médica de 60 anos desempenha o cargo de subdiretora desde 2005 e é Chefe de Serviço de Saúde Pública, sendo também responsável pelo Programa Nacional de Vacinação.

Antes de integrar a direção do organismo, Graça Freitas foi Chefe de Divisão da Divisão de Doenças Transmissíveis da DGS, de 1996 a 2005. No mesmo período, coordenou o Programa Nacional de Vacinação (PNV), bem como outros programas de controlo de doenças transmissíveis e presidiu à Comissão Técnica de Vacinação.

 Catarina Sena (Fotografia: Natacha Cardoso / Global Imagens )
Catarina Sena, subdirectora-geral da Saúœde (Fotografia: Natacha Cardoso / Global Imagens)

Catarina Sena é a outra subdiretora da DGS, cargo que desempenha desde 2008. Antes disso a administradora hospitalar de 45 anos foi assessora do Ministério da Saúde (2001-2002) e adjunta do Ministro da Saúde, entre 2005 e 2008.

Desde 1899, Portugal teve 19 diretores-gerais de Saúde e entre eles apenas uma mulher, como lembra na mesma entrevista Francisco George. Maria Luísa Van Zeller foi nomeada para dirigir o organismo em 1963 e desempenhou a função até 1971.

A partir de 2013 o exercício dos cargos de direção superior na Administração Pública deixou de ser por nomeação, passando a resultar de concurso público. Essa alteração foi publicada na lei n.º 64/2011de 22 de Dezembro de 2011, que determina no artigo 18º. que “os titulares dos cargos de direção superior são recrutados, por procedimento concursal”.


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