Judy Garland terá sido molestada nas filmagens de ‘O Feiticeiro de Oz’

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A alegria e inocência de Judy Garland no papel de Dorothy, no clássico de 1939 ‘O Feiticeiro de Oz’, está na memória de milhões de pessoas. Só que nos bastidores, revela agora um livro de memórias do ex-marido da atriz, o ambiente era verdadeiramente infernal e abusivo, por culpa dos atores que davam vida aos habitantes de Oz.

“Eles tornavam a vida da Judy miserável ao colocarem as mãos por debaixo do vestido dela. Os homens tinha 40 anos ou mais. Pensavam que podiam safar-se com tudo só porque eram pequenos [anões]”, escreveu Sid Luft na obra ‘Judy and I: My Life With Judy Garland’, que será finalmente lançada em março nos EUA, 15 anos após a morte do autor.

Na altura, a promissora atriz tinha apenas 17 anos. Não apenas ela, mas também a restante equipa técnica teve de lidar com os comportamentos abusivos dos atores que davam vida aos “munchkins”. “Eles eram bêbados. Bebiam todas as noites e a polícia tinha de prendê-los”, revelou a própria atriz, em 1967. Mas não ficavam por aqui.

“Organizavam orgias no hotel e tínhamos de chamar a polícia para quase todos os andares”, recordou Mervyn LeRow, um dos produtores do filme.

A atriz chegou a ir a um encontro com um dos atores. Arrependeu-se rapidamente. “Um deles, que era um senhor com cerca de 40 anos, convidou-me para jantar. Eu não podia dizer que não queria ir só porque ele era anão, então disse ‘A minha mãe não iria gostar’. E ele disse ‘Então trá-la contigo'”. Quando a atriz apareceu acompanhada pela sua mãe, o homem terá dito: “Boa, duas pelo preço de uma”.

Neste novo livro de memórias, o ex-marido de Judy explora ainda outras facetas trágicas da vida da estrela de Hollywood, como a sua obsessão por um corpo perfeito, a dependência de álcool, drogas e comprimidos, e ainda tendências suicidas.

Garland casou com Luft em 1952. Tiveram dois filhos e divorciaram-se em 1967, quatro anos antes da morte da atriz, aos 47 anos.