Lena Dunham recusa Photoshop em produção de ‘lingerie’

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Lena Dunham, à esquerda, colabora pela primeira vez com uma marca assumidamente contra os "retoques" fotográficos.

Sem retoques ou qualquer outro ajuste que se assemelhe a um efeito de Photoshop. São os argumentos que convenceram Lena Dunham a participar numa produção fotográfica para a marca de lingerie neozelandesa Lonely.

A criadora e protagonista da série ‘Girls’ partilhou o cenário de produção, uma casa de banho, com uma das suas colegas de gravações, a atriz Jemima Kirkle.

As atrizes confiaram a exposição do seu corpo à marca que afirma ser direcionada “para mulheres que usam a lingerie como uma carta de amor para si próprias”. O objetivo deste tipo de campanhas passa por desenvolver produções fotográficas femininas em moldes que, por norma, “não vemos em marcas mais conhecidas”, afirmam os responsáveis.

O resultado da produção, bem como alguns momentos de bastidores, foi partilhado pela marca nas redes sociais.

https://www.instagram.com/p/BJhE0DGAXgE/?taken-by=lonelylingerie

A participação de Lena Dunham surge meses depois de a atriz ter acusado a revista espanhola Tentaciones de manipular as suas fotografias, uma das quais foi capa na publicação. “Esta não é a aparência do meu corpo, nem nunca será”, afirmou na altura Dunham, num comunicado partilhado na sua conta de Instagram. “A revista fez mais do que utilizar Photoshop”, rematou.

Em resposta à atriz de 30 anos, a mesma revista negou qualquer acusação. No entanto, esta não foi a primeira vez que Lena Dunham esteve envolvida em polémicas com pós-produções fotográficas. Já em 2014, na sequência de uma campanha da revista ‘Vogue’, Dunham foi confrontada com as versões, originais e editadas, das fotografias publicadas na edição da publicação. Os vestígios de Photoshop eram evidentes, recordou na altura o jornal ‘The Guardian’.

Como que a passar uma borracha em todos esses episódios, Lena Dunham assume a esperança em ajudar “todas as mulheres a sentirem-se livres”, associando-se a uma entidade cujo objetivo não passa por “objetificar” a mulher, mas sim “revelar a sua verdadeira beleza”.