Madonna: “Quando chego a casa sou a Julie Andrews”

madonna-1436457754

Era um dos nomes da indústria do entretenimento que lhe faltava no currículo. Até esta quarta-feira, dia em que James Corden recebeu Madonna no segmento ‘Carpool Karaoke’ do ‘The Late Late Show’, que conduz na CBS. A viagem de carro pela cidade de Nova Iorque ao lado a Rainha da Pop foi animada. Pela rádio passaram alguns dos seus maiores êxitos e Madonna aproveitou para fazer algumas revelações.

Ao contrário do que a maioria pode pensar, a artista que sempre foi considerada rebelde não o é na intimidade do lar. “Quando chego a casa sou a Julie Andrews”, disse Madonna ao apresentador de origem britânica, recordando a personagem que esta atriz desempenhou no clássico do cinema ‘Música no Coração’, de 1965. “O meu trabalho é rebelde, mas o meu estilo de vida não. Eu não bebo, não fumo, não vou a festas. Sou uma chata. Tenho uma vida bem previsível”, justificou. “Os meus filhos são rebeldes”, disse ainda Madonna, referindo-se a Lourdes Maria, de 20 anos, Rocco Ritchie, de 15, David Banda, de 11, e Mercy James, de 10.

O estilo de vida “certinho” que afirma ter não a impediu, no entanto, de deixar uma alfinetada. “Deem-me uma hábito de freira”, começou por dizer, para logo de seguida atirar: “Na verdade, quando era criança, eu queria ser freira. Gostava do uniforme. Tem um lado perverso. Imaginava todo o tipo de coisas que podiam acontecer por baixo daquela veste”.

A conversa foi intercalada pelos hits ‘Express Yourself’, ‘Papa Don’t Preach’, ‘Music’, ‘Ray Of Light’, ‘Don’t Cry For me Argentina’ – que interpretou à capela -, e ainda ‘Bitch, I’m Madonna’. “Sabes que fui excomungada três vezes? O Vaticano excomungou-me”, lembrou ainda a cantora. A cantora foi oficialmente rejeitada quando ateou fogo a uma cruz no videoclipe de ‘Like a Prayer’ (1989), ao simular masturbar-se no ambiente de uma igreja durante a digressão Blond Ambition (1990) – no Canadá chegou a ser ameaçada de prisão caso protagonizasse essa cena em palco. “Preferia cancelar o show a retirá-la”, disse na altura – e quando fingiu crucificar-se nos espetáculos da tourné Confessions (2006).

“Toneladas de beijos” a Jackson

As confissões a James Corden seguiram-se, com a artista de 58 anos a confessar ter beijado Michael Jackson, que morreu há sete. Tudo começou quando Madonna explicava ao apresentador que o que procura numa relação amorosa é “um homem com sentido de humor” e que entenda a sua própria apetência para a comédia. “Estar casada com alguém que seja divertido é a melhor coisa do mundo”. “Claro que beijei o Michael Jackson na boca. Toneladas de beijos”, admitiu. “Nunca tinha tido a oportunidade de falar sobre isto porque nunca ninguém me perguntou”, frisou a cantora. “Fui eu quem tomou a iniciativa, para dizer a verdade, porque ele era um pouco envergonhado. Mas foi cúmplice. Fiz com que se soltasse com um copo de Chardonnay. E funcionou maravilhosamente”, completou.

Já numa entrevista dada em 2000, o autor de Thriller tinha dito que Madonna “estava apaixonada” por si, sentimento que nunca foi retribuído. “Ela fez muitas coisas malucas. Mas eu sabia que não tínhamos nada em comum”, referiu Jackson, que chegou a comparecer numa cerimónia de entrega dos Óscares de mão dada com a colega. “Ela não é sexy. A sensualidade vem do coração”, sublinhou.