Meio indiana, meio jamaicana e 100% anti-Trump

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California Attorney General Kamala Harris speaks at the Facebook headquarters in Menlo Park, California February 10, 2015. Harris, who is seeking a U.S. Senate seat, addressed a group of school children on Safer Internet Day. REUTERS/Robert Galbraith (UNITED STATES - Tags: SCIENCE TECHNOLOGY HEADSHOT PROFILE SOCIETY BUSINESS) - RTR4P2R4

Kamala Harris foi eleita senadora pela Califórnia, o mais multicultural dos 50 estados, e já é falada como uma potencial rival de Donald Trump nas presidenciais americanas de 2020. Nascida em 1964 em Oakland, é filha de uma médica oriunda da Índia e de religião hindu, e de um professor de Economia com raízes jamaicanas.

Os pais divorciaram-se quando era pequena e foi criada, com a irmã Maya, pela mãe em Berkeley. Cresceu num bairro de maioria negra e cantava no coro da igreja batista. Durante algum tempo também viveu em Montreal, quando a mãe aceitou emprego no Canadá.

Estudou direito na Universidade Howard, em Washington, e na Universidade da Califórnia. Até estas eleições era procuradora-geral da Califórnia. Democrata, derrotou uma rival do mesmo partido (Loreta Sanchez, uma filha de mexicanos) e substitui no Senado uma outra mulher democrata, Barbara Boxer. É casada desde 2014 com Douglas Hemhoff, um advogado de Los Angeles.

Defensora do controlo de armas, opositora da pena de morte, campeã da integração dos imigrantes e da escola como elevador social, Kamala é uma das vozes progressistas em alta nos Estados Unidos e representante da crescente miscigenação no país. A revista ‘Mother Jones’ já a imagina a desafiar o republicano Trump, enquanto o ‘Daily Beast’ chama-a de “Obama versão feminina”. No senado, será a primeira indiano-americana e também a segunda afro-americana.