Mitos e verdades sobre a alimentação dos bebés

No dia-a-dia das mães de primeira viagem, e não só, é comum haver dúvidas sobre o que os filhos podem e não podem comer, sobre o que é ou não mais saudável, ou o que devem riscar de vez da lista do supermercado. Além do essencial aconselhamento médico, muitas mães recebem também alguma “desinformação” que circula na Internet, bem como opiniões de familiares ou amigos que por vezes não têm qualquer fundamento científico, baseadas apenas em mitos que perduram ao longo de gerações. Para acabar de vez com as dúvidas, e com base nos estudos mais recentes, Jennifer Tretter Ferreira, nutricionista, descreve-nos as vantagens e as desvantagens do consumo de alguns alimentos, e a partir de que idade é seguro oferecê-los. Descubra o que pode melhorar na dieta do seu bebé, e o que deve excluir, na galeria acima.

E quanto ao açúcar?

O açúcar refinado contém calorias “vazias”, ou seja, zero valor nutricional. Oferecer ao seu bebé alimentos com açúcar refinado é totalmente desaconselhado já que, além do excesso de calorias, quando consumidos regulamente os doces podem levar à carência de nutrientes. Além disso, educando mal o palato do seu bebé o desejo por doces irá aumentar, provocando-lhe o vício e fazendo com que futuramente não aceite quaisquer alimentos que não sejam adocicados. Os malefícios para os dentes são outro problema, já que a flora bacteriana bucal se alimenta principalmente de açúcar e haverá propensão para as cáries. O risco de diabetes na idade adulta também aumenta.

Mas o açúcar não faz falta?

Sim, mas apenas os açúcares “bons”, naturalmente presentes em alimentos como a fruta, vegetais e leite. Ofereça a fruta inteira e não apenas o sumo, para que o bebé receba todos os nutrientes, fibras e antioxidantes. Embora no sumo se mantenham presentes grande parte das vitaminas (e por isso um sumo natural é sempre preferível a um refrigerante), alguns perdem-se como, por exemplo, as fibras.

Como evitar que o meu filho coma muitos doces?

Não ofereça doces ao seu filho regularmente, e acabe com o hábito de ter doces na despensa. Se o seu filho demonstra mais tendência por uma ou outra guloseima, ou por um refrigerante, risque-os da lista do supermercado. Mais: lembre-se que as crianças são muito observadoras. Se quiser que o seu filho coma de forma mais saudável, comece por si essa mudança e dê o exemplo. Guarde os doces para ocasiões especiais e tente não lhes dar demasiado destaque. É também importante que nos momentos em que permite que o seu filho coma um doce, deixe que ele o aprecie sem julgamentos ou sinais de reprovação.

E como “controlar” os avós/tios?

Se o seu filho come muitos doces oferecidos por terceiros, fale com o adulto ou adultos em questão, de preferência na ausência da criança. Explique gentilmente que prefere que lhe ofereçam alimentos mais saudáveis, já que o excesso de açúcar pode ser muito prejudicial para o seu bem-estar. Apresente ao adulto alternativas de alimentos que prefere que sejam oferecidos ao seu filho.

NOTA: Apesar da compilação de estudos recentes, a partir dos quais a American Academy of Pediatricians concluiu que a introdução de alguns alimentos alergénicos poderá vir a ser feita antes da idade recomendada atualmente, deve sempre consultar o pediatra antes de introduzir qualquer alimento na dieta do seu bebé.