Mulheres ganham menos 17,9% do que os homens para a mesma função

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Assinala-se esta segunda-feira o Dia Nacional da Igualdade Salarial. O 6 de março “marca o número de dias extra que as mulheres teriam que trabalhar num ano para atingirem o mesmo salário que os homens ganharam no ano anterior,” lê-se na CITE, ou seja, se as mulheres não tivessem trabalhado estes dois meses e seis dias, seria justo receberem a remuneração que auferem e que é, em média, 17,9% abaixo dos homens para as mesmas funções. São 65 dias de trabalho gratuito.

A situação não é nova, nem original. Em todo o mundo as mulheres continuam a receber menos do que os homens por trabalho igual, o que em termos absolutos faz com que as mulheres tenham rendimentos mais baixos, e sejam mais afetadas pela pobreza.

De acordo com o relatório do Fórum Económico Mundial, publicado em finais de outubro, as mulheres ganham, em média, pouco mais de metade do que os homens, apesar de em geral trabalharem mais horas, e a representação do sexo feminino em postos de responsabilidade também se mantém baixa.

No mesmo estudo lê-se que a igualdade de género só deverá ser atingida dentro de 170 anos, ou seja, em 2186. A previsão representa um retrocesso em relação aos 118 previstos em 2015.