Um 41.º lugar que vale ouro

Mardini
Fotografia de Dominic Ebenbichler/Reuters

Yusra Mardini, de 18 anos, tem sido uma das principais protagonistas destes Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro e não é pelas provas desportivas. Há um ano, a adolescente teve de nadar durante mais de três horas enquanto puxava um barco com 16 pessoas que, tal como ela, fugiam da guerra na Síria. Hoje faz parte da primeira comitiva de refugiados nos Jogos Olímpicos. Teve a primeira prova de natação no domingo e ficou em 41.º lugar, longe das semifinais dos 100m mariposa, mas quem assistiu nas bancadas aplaudiu-a como se a jovem tivesse conquistado a medalha de ouro.

“Eu sabia que seria difícil. Já vale muito estar aqui. O meu objetivo principal são os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020. Quero treinar bastante para chegar com mais possibilidades”, sublinhou Yusra Mardini.


Leia também o artigo: Ela nadou para escapar da Síria, agora nada por uma medalha no Rio


Quem ocupou a última vaga entre as 16 classificadas foi a brasileira Daiene Marçal, com 58s15. O melhor tempo foi obtido pela sueca Sarah Sjostrom. Mardini ficou-se por 1m09s21. Na quarta-feira regressa ao Parque Aquático Olímpico para disputar os 100 metros livre.

“Agradeço muito o apoio das pessoas, valeu muito a pena estar aqui. Quarta-feira espero que seja melhor”, acrescentou a nadadora.