Patricia Arquette lançou na segunda-feira, nas Nações Unidas, a Equal Pay Platform of Champions (Plataforma dos Campeões para a Igualdade Salarial, em tradução livre), com o objetivo de reduzir a diferença que há entre os salários dos homens e das mulheres quando ocupam as mesmas funções.
“Em todas as áreas, em todos os níveis da sociedade e em todos os países, imparidades de salário entre homens e mulheres são uma realidade flagrante, e que tem impacto em muitas vidas. Por quanto mais tempo vamos permitir que isto aconteça? Ao fazer esta plataforma, estou determinada a tornar visível esta intricada forma de discriminação e ajudar para que se termine com a desigualdade entre salários baseada no género”, disse Arquette, na delegação das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Nos Estados Unidos, em média, uma mulher recebe 77 cêntimos por cada dólar ganho por um homem nas mesmas funções. De acordo com as Nações Unidas, durante a vida profissional, as mulheres da Suécia e de França podem vir a receber até 31 por cento menos do que os homens. O valor agrava-se na Alemanha, subindo para 49 por cento e piora na Turquia, atingindo os 75 por cento menos.
Arquette, que trabalha com outras mulheres na plataforma, como a antiga capitã da seleção de futebol feminino dos EUA, Abby Wambach, falou pela primeira vez com grande mediatismo sobre o assunto na cerimónia dos Óscares, em 2015. “Por cada mulher que deu à luz, por cada contribuinte e cidadão desta nação, temos que lutar por direitos iguais. Está no tempo de temos igualdade de pagamento de salários de uma vez por todas”, disse, no discurso de aceitação da estatueta de Melhor Atriz Secundária.
