Pedrógão Grande: Nenhum país está livre de sofrer um incêndio como o de Portugal

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Spain's Agriculture Minister Isabel Garcia Tejerina arrives to attend her first cabinet meeting at the Moncloa Palace in Madrid, Spain November 4, 2016. REUTERS/Sergio Perez - RTX2RVZZ

A ministra espanhola da Agricultura e Pesca, Alimentação e Meio Ambiente, Isabel Garcia Tejerina, reconheceu hoje que nenhum país está livre de sofrer um incêndio como o de Portugal (Pedrógão Grande), em que morreram 64 pessoas.

Mais de 2.300 efetivos e 800 meios terrestres combatem o incêndio florestal que arrasa desde sábado o centro do país, num raio de 40 quilómetros entre os municípios de Góis e Pedrógão Grande.

A ministra espanhola, em entrevista à TVE, anunciou que na próxima segunda-feira apresentará em Plasencia (Cáceres) o Plano de Atuação do Setor Florestal, um programa do seu ministério para ampliar as ações no setor e melhorar a prevenção de incêndios florestais em conjunto com as comunidades autónomas.

Tejerina revelou que nos próximos dias virão para Portugal bombeiros da Galiza, Andaluzia e Castilla-La Mancha para ajudar nas operações de combate ao fogo.

Assusta a situação do incêndio”, comentou a ministra, assegurando que desde Espanha se manifesta a solidariedade “afetiva e efetiva”, enviando profissionais e meios para o combate.

O incêndio que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos, segundo um balanço provisório.

O fogo começou em Escalos Fundeiros e alastrou depois a Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria.

Desde então, as chamas chegaram aos distritos de Castelo Branco e de Coimbra.

O comandante operacional de Proteção Civil adiantou hoje que 95% do perímetro do teatro de operações está em vigilância e rescaldo e os restantes 5% “em combate e [com o fogo] ativo, com grande potencial de risco”.