Portugal é o oitavo país do mundo onde as raparigas têm mais oportunidades

Jovem trabalhar

Portugal é o oitavo país do mundo onde há mais oportunidades para as jovens mulheres, conclui um raking da organização não-governamental britânica Save The Children, divulgado hoje (11 de outubro), Dia Internacional da Rapariga.

Incluído num estudo mais vasto sobre direitos das jovens a nível global, o gráfico coloca Portugal entre os dez primeiros países do mundo onde as raparigas podem ter um futuro melhor. O ranking é liderado pela Suécia, seguida da Finlândia, da Noruega, da Holanda, da Bélgica, da Dinamarca e da Eslovénia. Portugal aparece logo a seguir e à frente de outros países desenvolvidos e com economias maiores, como a Suíça, Espanha, Alemanha, Reino Unido, França ou Canadá.

Para chegar a estes resultados foram contemplados cinco indicadores: o casamento de menores, a gravidez na adolescência, a taxa de mortalidade materna, o número de mulheres políticas nos parlamentos e ensino secundário por concluir. Portugal falha na parte de representatividade política das mulheres, mas regista, segundo o relatório que se baseia em dados da Organização Mundial de Saúde, da UNICEF, do Banco Mundial e de várias entidades das Nações Unidas, bons resultados nos restantes quatro.

O relatório chama a atenção para o facto de países como a Austrália (21.º) ou os Estados Unidos (32.º) – “atrás da Argélia e do Cazaquistão” –, e mesmo o Canadá, aparecerem em lugares aquém do que seria expectável para o seu níveis de rendimento e desenvolvimento. Por outro lado, o estudo também salienta o esforço de mudança que países mais pobres têm vindo a fazer, “mostrando que a mudança é possível”, como é o caso do Nepal. Para isso contribuiu a evolução feita no ensino, com 86% das jovens nepalesas a completarem o secundário (uma taxa semelhante à de Espanha), apesar dos progressos que ainda estão por fazer no que respeita ao casamento de menores e à mortalidade materna.

O relatório conclui que os países mais pobres estão entre os piores sítios para as raparigas viverem e terem acesso a oportunidades, por serem regiões onde nenhum desses indicadores é cumprido ou resolvido. Por isso, o relatório da Save The Children deixa o alerta: “Devem focar-se urgentemente em políticas e práticas que sustentem os direitos das raparigas”.