Protesto anti-Trump na passarelle de Milão

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Models parade at the end of the Missoni Autumn/Winter 2017 women's collection during Milan's Fashion Week, in Milan, Italy February 25, 2017. REUTERS/Alessandro Garofalo - RTS10A10

A Semana de Moda de Milão foi este sábado palco de uma manifestação política anti-Trump. O protesto foi organizado nos bastidores do evento e trazido para o palco principal pela criadora da Missoni, Angela Missoni. Na passagem final das manequins pela passerelle, todas elas apresentaram um gorro cor-de-rosa na cabeça, uma versão luxuosa do barrete utilizado na Women’s March, o protesto global de mulheres de dia 21 de janeiro de 2017. A própria Angela Missoni apareceu no final do desfile com um exemplar igual ao das modelos.

O início do desfile já tinha o mote de protesto, já que a faixa musical escolhida foi ‘The Revolution will not be televised’ (A revolução não vai aparecer na televisão) de Gil Scott, um cantor e compositor que colocou a sua obra ao serviço dos direitos humanos dos negros americanos, e quando as manequins regressaram ao palco com os gorros cor de rosa na cabeça o protesto foi confirmado: Missoni junta-se ao grupo de criadores de moda que usam a moda para passar uma mensagem política.

Se quisermos isolar a roupa e olhar apenas para ela, este desfile da Missoni ficou marcado pela predominância das malhas e pela utilização simultânea de várias cores na mesma peça, como tem sido habitual nas coleções da marca.

 

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