Milão: a semana de moda mais rica da Europa

A model displays a creation from the Gucci Spring/Summer 2018 show at the Milan Fashion Week in Milan
REFILE - FIXING IDENTIFYING SLUG A model displays a creation from the Gucci Spring/Summer 2018 show at the Milan Fashion Week in Milan, Italy, September 20, 2017. REUTERS/Stefano Rellandini - RC13D78E0E10

Com a grande polémica sobre as semanas de moda e a qualidade de cada evento, muitos dos nomes predominantes decidiram sair de Nova Iorque e desfilar nas grandes cidades europeias, nomeadamente Milão e Paris, procurando mais exclusividade.

Em Nova Iorque, um dos poucos criadores marcantes que decidiu mostrar a sua coleção foi Tom Ford, enquanto em Londres – conhecida por ter a semana de moda mais excêntrica de todas – contou com desfiles de Tommy Hilfiger, Versus e, entre outros, Burberry. No entanto, as casas mais clássicas guardaram-se para os mais antigos centros da moda. E não foram só os designers que andaram em trânsito. Entre as grandes influencers, muitas acabaram por ir a um número muito limitado de desfiles em Nova Iorque e em Londres.

Este ano, Milão e Paris são as cidades que se destacam e para as quais estão guardadas as grandes expectativas.

Alessandro Michele, diretor criativo da marca Gucci, foi quem inaugurou a semana de moda em Milão, esta quarta-feira 20 de setembro, e fê-lo em grande. Com uma variedade eclética de estilos, culturas e eras históricas, as surpresas foram muitas e foram desde a escolha do espaço ao próprio desfile em si.

A inspiração para as peças foi dispersa, desde a influência egípcia, às roupas do cantor Elton John nos anos 70, e no vestuário masculino até personagens da Disney. O resultado foi um desfile cinemático carregado de energia, história e cultura fiéis à marca.

Como esperado nesta passerelle, os padrões não têm regras, a chita é usada com flores, e as flores com riscas. O maximalismo tornou-se a imagem de marca da Gucci. Entre os looks mais elaborados também se destacaram alguns monocromáticos que fogem ao habitual do criador, como um macacão verde marinho num material mais estruturado. O tule, a malha e a seda foram apenas alguns dos vários tecidos usados para a coleção distinta. Enquanto em alguns desfiles há um grande destaque das modelos, aqui a predominância era meramente da roupa.

Imagens do desfile da Gucci, via Reuters

Pouco depois, Alberta Ferreti mostrou o seu trabalho, uma coleção romântica e feminina que se adequa ao dia-a-dia de uma mulher sem deixar o carisma da estilista. Entre as peças viu-se muita fluidez na seda, transparências e brilho que destacaram a sensualidade das mulheres. O foco ficou na subtileza do vestuário, do corte à paleta de cores neutras e dos pastéis. No entanto, de acordo com o Business of Fashion, foi criticada pelo recurso que fez a materiais usados que não transmitiriam a qualidade esperada.

@vittoceretti in Alberta Ferretti S/S18 Woman's Runway Look 50. #AlbertaFerretti #AlbertaFerrettiSS18 #MFW

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Até o fecho da semana de moda em Milão, a 25 de setembro, irão ser mostradas as coleções de grandes nomes como Prada, Versace e, entre outros, Roberto Cavalli A semana de moda em Paris terá início a 26 de setembro.


Andreia Lukeny Silva