Seul vai ter museu sobre violação dos direitos humanos na Coreia do Norte

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Men wearing uniforms check a newly constructed residential complex after its opening ceremony in Ryomyong street in Pyongyang, North Korea April 13, 2017. REUTERS/Damir Sagolj TPX IMAGES OF THE DAY - RTX35CN9

A Coreia do Sul vai abrir um museu na capital, Seul, sobre a violação dos direitos humanos na Coreia do Norte, informou esta sexta feira o Ministério de Unificação sul-coreano.
O centro, que será inaugurado em 2019, vai apresentar, através de documentos e fotografias, diferentes testemunhos e casos de violação dos direitos fundamentais pelo regime da família Kim nas últimas décadas.
A documentação exposta vai incluir relatos das experiências vividas por vários desertores antes de abandonarem a Coreia do Norte, explicou à agência Yonhap um porta-voz da Unificação.
O Ministério da Unificação, que atualmente estuda gerir diretamente o centro ou fazê-lo através de uma fundação específica, desenvolveu o projeto depois da aprovação de uma lei em setembro do ano passado.
A legislação estabeleceu a criação de uma agência do governo sul-coreano para investigar e documentar as questões sobre os direitos humanos na Coreia do Norte.
Um relatório da Comissão de Investigação da ONU sobre os direitos humanos no país publicado em 2014 informou sobre a violação sistemática destes direitos.
O relatório revela crimes contra a humanidade como “extermínio, homicídio, escravatura, desaparecimentos, execuções sumárias, torturas, violência sexual, abortos forçados, privação de alimentos, deslocamento forçado de populações e perseguições por motivos políticos, religiosos ou de género”.
O relatório baseia-se nos testemunhos de 240 pessoas, incluindo 80 sobreviventes de campos de trabalho conhecidos como “kwanliso”.
Pyongyang acusou os desertores e os governos de Seul e Washington de conspirarem para mentir sobre a situação no país.