Número de queixas por perseguição aumenta

Stalking: queixas por perseguição aumentam [Foto: Shutterstock]
Stalking: queixas por perseguição aumentam [Foto: Shutterstock]

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) recebeu, no ano passado, 445 queixas, ou seja, perto de cinco centenas de queixas de pessoas que se sentem perseguidas.

Os dados, avançados na véspera do dia em que se evoca a sensibilização para o fenómeno Stalking (esta segunda-feira, 18), apontam para um aumento de queixas de perseguição (tradução literal) na ordem da uma centena de casos face a 2104. À Lusa, fonte da PSP não adiantou o número de queixas registadas, mas antecipou não só a existência de casos, como também um aumento desta realidade

As vítimas são essencialmente mulheres e, cerca de 75 % manteve – ou mantém ainda – um relacionamento muito próximo com o ‘stalker’. Estes são alguns dos resultados recolhidos por Emanuela Braga, psicóloga e autora de uma tese de mestrado sobre `stalking` e também colaboradora da APAV.


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Conhecido como “uma forma de violência, um conjunto ou padrão de comportamentos de assédio persistente, dirigido a uma pessoa sem consentimento desta”, de acordo com Emanuela Braga, a verdade é que este tipo de comportamento encontra-se já, desde o ano passado, criminalizado na lei. Em setembro de 2015 foi introduzida uma alteração ao Código Penal que introduziu o crime de perseguição e casamento forçado e autonomizou o crime de mutilação genital feminina.

A psicóloga lembra que este tipo de comportamentos começa, muitas vezes, pela oferta de presentes e de flores, atitudes inofensivas e até elogiosas, mas evolui depois para atos mais intimidatórios e aparições frequentem em locais que a vítima frequenta.


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