UGT elege 21 mulheres mas congresso quer mais

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O secretário-geral da UGT, Carlos Silva e a presidente da UGT Lucinda Dâmaso, na sessão de encerramento do XIII Congresso da UGT

O XIII congresso da UGT, que se realizou este fim de semana, no Porto, aprovou uma moção “por uma maior participação e representatividade das mulheres na ação sindical”.

No documento, a Comissão de Mulheres da UGT, presidida por Lina Lopes, apela à eliminação das diferenças salariais e de acesso a lugares de decisão.

O congresso, que voltou a escolher o socialista Carlos Silva para secretário-geral da central sindical e a social-democrata Lucinda Dâmaso para presidente, elegeu 21 mulheres para o secretariado nacional. O número equivale a uma representação feminina de 29% nesse órgão da UGT, composto por 68 secretários no total. A percentagem de mulheres é semelhante à do setor correspondente da CGTP – a outra central sindical portuguesa -, onde as mulheres representam 30% do total.

No caso da UGT, Lina Lopes disse à TSF, que o caminho da paridade está a ser feito e que deverá ser possível atingi-la dentro de quatro anos.

Paridade dos sindicatos para as autárquicas
Membro do secretariado executivo da UGT, a presidente da Comissão de Mulheres tem também essa crença em relação ao seu partido, o PSD.

Lina Lopes pertence à comissão instaladora das Mulheres Social-Democratas, que querem ver maior representação feminina nas estruturas do partido e nas autarquias, onde este ano se realizam eleições.

“O partido, com este movimento de mulheres, já pediu ao Conselho Nacional uma resolução para que sejam colocadas mais do que 33% de mulheres – ir além do que a lei já obriga – nas listas”, disse a social-democrata, em janeiro deste ano, ao Delas.pt.

Para já, a lista que concorre à câmara municipal mais importante do país é encabeçada por uma mulher: Teresa Leal Coelho, vice-presidente do partido, lidera a candidatura do PSD a Lisboa.

Nas últimas eleições autárquicas, em 2013, apenas duas mulheres foram eleitas entre os 86 presidentes de câmara sociais-democratas. Uma em Arronches (Fermelinda Carvalho) e outra em Freixo de Espada em Cinta (Maria do Céu Quintas) – o correspondente a 2,3% de representação feminina e um dos rácios mais baixos, comparativamente com os das outras forças políticas. Já a coligação entre o PSD e o CDS-PP elegeu, em Rio Maior, Isaura Morais, entre 16 presidentes de executivos camarários.

 

Imagem de destaque: José Coelho/Lusa