Uruguai: centenas protestam contra a violência doméstica

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Mulheres de Negro nas ruas de Montevideu [Fotografia: Andres Stapff/Reuters]

Montevideu foi o palco, esta quinta-feira, 2 de fevereiro, de um protesto contra a violência doméstica. Centenas de pessoas saíram às ruas da capital do Uruguai para denunciar os recentes atos de violência exercidos sobre mulheres, os feminicídios.

A homenagem a Valeria Sosa, 29 anos, bailarina da trupe carnavalesca Mi Morena – que morreu na semana passada às mãos do ex-companheiro, um agente de polícia do Departamento de Operações Especiais, de 42 anos -, foi o pretexto para este protesto.

“Temos de transformar a dor em ação”, lia-se nos cartazes exibidos e que serviu de slogan para esta marcha, e que contou com a adesão de várias associações e de feministas.

As Mulheres de Negro, que todas as primeiras quintas-feiras de cada mês saem às ruas, também se juntaram ao manifesto. Esta associação tem denunciado o feminicídio de forma regular.


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Valeria Sosa [Fotografia: Mi Morena/Facebook]
Valeria Sosa [Fotografia: Mi Morena/Facebook]

Morta a tiro na cabeça e em frente aos dois filhos de 11 e de 7 anos, os manifestantes lembram que Valeria Sosa “não é apenas mais uma de muitas”. Este protesto passou também por exigir às autoridades medidas mais apertadas para punir este tipo de crimes e evitar que eles se reproduzam.


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De acordo com o jornal espanhol El País, July Zabaleta, a diretora da divisão de Políticas de Género do Ministério do Interior, anunciou a retirada de armas de serviço a cerca de 500 polícias já implicados em casos de violência conjugal.

July Zabaleta [Fotografia: Twitter]
July Zabaleta [Fotografia: Twitter]

Só na semana passada, três mulheres tinham sido assinadas e uma quarta tinha ficado gravemente ferida na sequência de violência doméstica.