Violência de género é o crime mais cometido em Cabo Verde

mulher africana

A violência baseada no género foi o crime mais cometido em Cabo Verde no primeiro semestre deste ano, revelou a Polícia Nacional (PN) daquele país.

Num período em que a criminalidade diminuiu 8,5%, comparando com o semestre homólogo, os dados estatísticos criminais da PN revelam que a violência de género foi responsável por 26% do total de ocorrências (11.604), o que corresponde à maior fatia do total crimes registados nos primeiros seis meses do ano.

Na lista de crimes contra pessoas, seguiram-se as ofensas corporais (25%), ameaça (19%), injúria (10%) e homicídios (0,3%).

A polícia cabo-verdiana revelou que, em relação aos homicídios houve uma diminuição de 19 casos, comparando com o primeiro semestre de 2016.

Já nos crimes contra propriedade, os roubos a pessoas estão no topo da lista, com 16%, seguindo-se os furtos a residências (15%), danos (10%), furto na via pública e a casas (8%) e furto a veículos (5%).

Os dados revelaram que do total de ocorrências/queixas, as estruturas policiais conseguiram esclarecer três em cada quarto (76,3%), enquanto nas restantes não foi possível chegar a uma conclusão, justificando que a maioria das queixas foi contra desconhecidos.

No mesmo período, a polícia de Cabo Verde informou que apreendeu 124 armas de fogo, 652 armas brancas e 94 artesanais.

Governo apresenta sistema de videovigilância
Apesar da diminuição da criminalidade, o primeiro-ministro disse que o sentimento de insegurança perdura, pelo que o Governo apresentou um sistema de videovigilância para ser implementado no próximo ano, esperando diminuir a criminalidade em 30%.

Em julho deste ano, o executivo cabo-verdiano lançou também um programa nacional de segurança, com o foco na prevenção e na componente social e educativa, para diminuir a criminalidade e a violência no país.

Além da intervenção policial, o Programa Nacional de Segurança Interna e Cidadania (PNSIC) pretende restaurar princípios como a cidadania e acabar com o sentimento de insegurança.

O programa é de âmbito nacional, mas vai ter uma atuação prioritária nos concelhos/ilhas da Praia, Santa Catarina e Santa Cruz (Santiago), São Vicente, Sal, Boavista e São Filipe (Fogo), que concentram cerca de 80% da criminalidade no país.

 

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