Diogo Miranda: 10 anos de moda e muita sensualidade

O desfile abriu com um vestido azul celeste e cintura bem marcada, seguiram-se os ombros descobertos, as assimetrias, as fivelas de argola que deixam parte das pernas nuas, os folhos e os laços. Tudo nesta coleção se quis grande, exagerado e bonito, peças que se tornam sofisticadas porque quem as veste tem de ser muito confiante.

Diogo Miranda não queria uma coleção de aniversário pesada, queria festiva sim mas leve, queria também homenagear as mulheres que fizeram parte desta década de design e para tal decidiu explorar o trabalho do fotografo francês Guy Bourdin, como explicou ao Delas.pt momentos antes do desfile:

“Há algum tempo que queria pegar no trabalho do fotografo Guy Bourdin e quando estava a fazer a pesquisa vi uma fotografia de uma mulher sensual agarrada a um coração. Quando olho para essa fotografia acoleção. Vejo uma mulher sexy, feminista, confiante mas que se agarra a um coração, que para mim significa este amor de dez anos que tenho pelo meu trabalho, por deixar as mulheres bonitas.”

É este misto de sex appeal e força que se encontrou nas proposta do designer para a próxima estação, numa coleção com linhas que nos levam de novo aos anos oitenta, quando as mulheres eram retratadas mais poderosas do que nunca. Nos pequenos detalhes são de destacar os atilhos, os godés nas calças, os botões e as fivelas redondas. Voltaram também à passerelle os bombers, que fizeram furor na estação passada, com um D nas costas, pormenor que se estendeu a outras peças mais de casuais como camisolas.

Dez anos de moda para mulheres seguras de si, um caminho consistente de design, com peças marcantes que não são para toda a gente, mas que chamam a atenção de todos.


Veja também a entrevista a Diogo Miranda.