Pat Milligan é responsável na consultora internacional Mercer, tem trabalhado em estreita colaboração com o Fórum Económico Mundial e é a autora do estudo When Women Thrive, Business Thrive [Quando as mulheres prosperam, o negócio prospera, em tradução literal].
Esta gestora norte-americana está em Portugal, onde tem falado da importância das chegada das mulheres ao mercado de trabalho, mas sobretudo na forma de as empresas as tentarem segurar, motivando-as.
Num universo em que elas representam 40% da força laboral – ainda que sendo a maior fatia populacional – e em que apenas 20% chegam a um nível executivo, Pat Milligan defende que é preciso trabalhar para pôr termo a este desequilíbrio.
Em conferência dada esta quarta-feira de manhã, 31 de maio, a responsável prometeu, entre risos, que “só se reformará quando resolver esta questão feminina”.
Mais a sério lembrou que as “estatísticas não estão a dar mostras de de inversão de resultados e estima que sejam precisas cinco gerações” para pôr termo a esta desigualdade.
Aliás, os dados mais recentes publicados no relatório Gender Gap, da autoria do Fórum Económico Mundial, vêm dar conta disso mesmo: um retrocesso. Por cá, em Portugal, a Pordata não traça um cenário tão diferente (e que pode reler aqui).

Contudo, para lá dos dados das estatísticas, Pat Milligan, 60 anos, crê na mudança, tem ideias para encurtar distâncias entre homens e mulheres nas empresas e deixou uma dezena de caminhos que podem promover a entrada, a motivação e ascensão das mulheres nas empresas.
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