Já lhe tínhamos contado que sonhar é estar livre da sua consciência, ou seja, é não ter nem o polícia para a prender nem o juiz para a julgar. O resultado? Uma libertação inequívoca do seu subconsciente, leia-se, dos seus desejos, medos, conflitos, angústias. Mas talvez exista mais nos sonhos do que poderíamos imaginar.
Para o psicólogo José Carlos Garrucho, o sonho é o momento em que nos podemos realmente libertar. Mas cada sonho tem que ser lido de uma forma individual: uma casa tanto pode simbolizar uma prisão como um castelo, dependendo da simbologia que cada um de nós atribui a esse (e outros) objetos. É preciso ter uma “chave” capaz de ler cada pessoa.
A leitura dos nossos sonhos depende das nossas vivências, do ciclo de vida em que nos encontramos, da nossa cultura. É preciso ver o sonho como sendo “um texto que precisa de contexto”, afirma o psicólogo. Não podemos querer olhar para um texto e entendê-lo por completo sem sabermos qual é o contexto da sua narrativa, da sua história. Embora existam alguns sonhos ditos ‘clássicos’, ou melhor, transversais à humanidade, a verdade é que cada um deles tem que ser lido e interpretado de acordo com cada pessoa.
Para o psicólogo o sonho é como que um ‘laboratório de testagem’ onde podemos experimentar as possibilidades dos desafios, porque não existe efetivamente um risco físico para tal. Testamos emocionalmente alguma coisa para ver como pode correr, uma vez que a realidade nos condiciona. Sonhar é antecipar algo que está em suspenso, é ver como é que algo pode correr e como é que vamos reagir perante essa situação.
Com base nesta conversa com o especialista, conseguimos elaborar pelo menos 15 curiosidades sobre o sonho que, provavelmente, desconhecia. Percorra a galeria de imagens acima e fique a conhecer a razão pela qual muitas das vezes não se recorda do sonho que teve, entre outras análises.
“Sonhar é não ter o polícia para prender e o juiz para julgar”