Publicidade Continue a leitura a seguir

34 mulheres apresentam queixa contra site pornográfico Pornhub

[Fotografia: iStock]

Publicidade Continue a leitura a seguir

Esta quinta-feira, 17 de junho, 34 mulheres apresentaram, na Califórnia, queixa contra o site Pornhub e a detentora MindGeek. As queixosas acusam a plataforma de conteúdos pornográficos de publicar intencionalmente vídeos online em que estão ser vítimas de violação e abusos sexuais, alguns deles quando eram ainda menores de idade.

Acusações divulgadas pela agência noticiosa AFP e que se juntam às denúncias que chegaram a público no ano passado, por via do jornal New York Times, que apontavam o site de alojar e disponibilizar vídeos de pedofilia e violações.

“Este é um caso que envolve violação e não pornografia”, refere a denúncia civil que a AFP dá eco. Os advogados das mais de três dezenas de queixosas – na sua maioria sob anonimato – vincam que se trata de “uma empresa criminosa clássica”, cujo modelo de rendimento é baseado na exploração de conteúdo sexual não consentido e para fins financeiros. Negócio feito com material enviado sem consentimento das envolvidas, muitas vezes por namorados e agressores. Elas reivindicam serem ressarcidas pelos danos sofridos.

Segundo a queixa a AFP teve acesso, 14 das denunciantes, perto de metade, alega que, à data dos factos, eram “vítimas de tráfico sexual infantil”.

Até ao momento, a empresa detentora não terá reagido formalmente e junto da agência noticiosa a este processo em curso, porém, considerou já as acusações, ainda na mesma quinta-feira de “totalmente absurdas” e “categoricamente falsas”.

Recorde-se que no ano passado, o site – que recebe mais de três milhões de visitas mensais – anunciou novas medidas de proteção às vítimas, alegando querer estar “na vanguarda na luta e erradicação do conteúdo ilegal”.