4 formas de lidar com o Covid-19 que vêm mesmo para ficar se houver nova vaga

Sports woman checking pulse on smart watch near the Eiffel tower
[Fotografia: Istcok]

A pandemia imposta pelo novo Coronavírus veio alterar as rotinas nos maiores e menores aspetos do quotidiano. E a socialização tem sido um dos comportamentos que mais tem vindo a sofrer alterações devido ao facto de o Covid-19 ser exponencialmente contagioso diante do contacto humano.

Por isso, se o mundo em casa e no trabalho mudou, o universo das relações sofreu profundas alterações e elas vão manter-se ou mesmo agudizar-se mediante o risco de uma segunda vaga da pandemia.

“Teremos que nos ajustar assim que chegar o outono e o inverno, pelo menos na maior parte dos EUA”, disse Lisa Miller, professora de epidemiologia da Escola de Saúde Pública da Universidade do Colorado. “O pressuposto básico do Covid-19 é que quanto mais contacto um com o outro, mais transmissão veremos. Portanto, precisamos pensar de forma criativa e ser diligentes em tentar manter distância social e usar máscaras o máximo que pudermos para minimizar o aumento”, referiu ao site norte-americano Huff Post Kaz Nelson, professor associado de psiquiatria da Universidade de Minnesota.

Para lá das máscaras de proteção individual e do gel desinfetante, que são desde o início deste ano presenças inabaláveis no quotidiano, há novas formas de sociabilização e de comportamento em espaços públicos que vêm mesmo para ficar.

Entregas em casa

As compras e as encomendas fizeram parte da maior parte do quotidiano em tempo de quarentena e isolamento social e os especialistas lembram que esta realidade deverá mesmo para ficar. “Sei que há muito cansaço por ter de ficar em casa e a cumprir o distanciamento físico que foi necessário”, contemporiza o psiquiatra, mas evitar sair à rua e ter redobrados cuidados a vigiar o que entra em casa será mesmo uma realidade.

Reuniões e celebrações virtuais

Ao site americano Huff Post, o diretor da Divisão de Doenças Infecciosas do Centro Médico da Universidade de Vanderbilt, David Aronoff, alertou para a possibilidade de as ferramentas online poderem vir a ser a alternativa para evitar ainda mais o isolamento e a depressão. Soluções que podem ser aplicadas no trabalho, mas que podem e devem começar a ser contempladas na vida pessoal e familiar, em aniversários e celebrações especiais. Uma adaptação necessária se os números de novos infetados vieram a disparar, como tem acontecido recentemente. Uma preparação que deve ter em particular atenção e incluir os mais velhos que não estão tão familiarizados com as novas tecnologias.

Desportos de inverno e a sós podem ser a solução

O frio obriga sempre a uma maior proteção do rosto. Portanto, os desportos de inverno podem emergir como uma possibilidade de socialização relativamente segura, sobretudo se praticado com quem está mais próximo de nós, reduzindo contactos com eventuais cadeias de contágio.

As corridas também são uma opção porque se trata de um desporto mais solitário, por vezes cumprido em pequenos grupos, o que deve manter-se.

Esplanadas com mais respostas de aquecimento

O distanciamento social obriga a mesas mais distantes, o que leva os restaurantes a procurarem outras soluções para manterem as suas lotações: as esplanadas emergem como solução. É tempo de encontrar novas soluções para os clientes e para fazer face ao frio.

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