Nova Zelândia vai pagar licenças a vítimas de violência doméstica

Violencia domestica_ Shutterstock

É um dos primeiros países do mundo a introduzir a medida, que entra em vigor em abril de 2019: na Nova Zelândia, as vítimas de violência doméstica terão direito a tirar 10 dias, pagos pela entidade empregadora, para se recomporem.

A medida, já em prática em algumas regiões do Canadá, foi aprovada esta quinta-feira, 26 de julho, pelo parlamento neozelandês por 63 votos a favor e 57 contra e é particularmente relevante num país com uma das mais elevadas taxas de incidência entre países desenvolvidos, como destaca o jornal NZ Herald, com a polícia a intervir num caso de violência doméstica a cada cinco minutos e meio.

O projeto de lei, que há muito tempo se encontrava em cima da mesa, foi impulsionado por Jan Logie, representante dos Verdes e elemento da coligação no governo, que trabalhou num centro de apoio a vítimas desta natureza e que há sete anos se batia pela aprovação da medida, e permite ainda às vítimas exigir condições de trabalho mais flexíveis. “Esta é uma vitória para as vítimas, para as empresas, e para a sociedade”, sublinhou Logie, citada pelo The Independent.

Jan Logie bateu-se por esta medida ao longo de sete anos. Foi a principal impulsionadora da legislação agora aprovada na Nova Zelândia

“Sabemos que a situação económica das mulheres é determinante nas decisões que tomam. Se conseguirem manter o seu trabalho e e a confiança do empregador, enquanto lidam com o impacto de um caso de violência, então temos boas notícias”, defendeu Ang Jury, responsável pela associação Women’s Refuge, que protege mulheres e crianças nestas circunstâncias, uma nota acrescentada à discussão pelo diário The Guardian.

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