A literatura erótica não é um tipo de iteratura recentemente criado. Há, desde sempre, imenso material erótico-pornográfico na História da Literatura Universal. Em termos de popularidade começamos desde logo, no séc. III, com o célebre guia indiano do sexo: o Kama Sutra de Vatsyayana. Contudo, talvez a explosão do mercado literário na área do erotismo/pornografia, tenha surgido apenas no séc. XIX. As editoras de literatura erótico-pornográfica proliferaram em Londres, mas rapidamente se tornaram alvos a abater pela polícia e pelas organizações religiosas; apreendiam e destruíam as suas publicações.
A verdade é que este tipo de Literatura sobrevive, independente das épocas que, com maior ou menor veemência, vão censurando ou endeusando os diversos materiais literários. A maior parte dos textos permanece devido à inquestionável qualidade literária que, pouco ou nada, tem que ver com os recentes fenómenos de bestsellers, cujo erotismo serve apenas a experiência comercial.
A lista que se segue centra-se em referências clássicas, onde o erotismo e/ou a pornografia são tratados com densidade, conferindo-lhes a justa dimensão perene. São textos onde o erotismo abarca além do sexo, grandes temáticas da condição humana.