5,2 milhões de crianças precisam de ajuda urgente, diz Unicef

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[Fotografia: Angelos Tzortzinis / AFP]

Cerca de 5,2 milhões de crianças ucranianas, incluindo 2,2 milhões de refugiados em outros países, precisam urgentemente de ajuda humanitária devido ao conflito que forçou dois em cada três menores a deixarem as suas casas, alertou a Unicef esta quarta-feira, 1 de junho, dia da Criança.

A guerra está a ter “consequências devastadoras para as crianças numa escala e velocidade nunca vistas desde a Segunda Guerra Mundial”, sublinhou. A nota de imprensa do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) foi divulgada para coincidir com as comemorações do Dia das Crianças na Ucrânia e no mundo.

Pelo menos 262 crianças foram mortas e outras 415 ficaram feridas no conflito, principalmente em ataques com armas explosivas em áreas povoadas, sendo que muitos destes ataques danificaram ou destruíram infraestruturas vitais para as crianças, incluindo centenas de centros educacionais e unidades de saúde. “A guerra destruiu a vida de milhões de crianças”, resumiu a diretora executiva da Unicef, Catherine Russell, citada no comunicado.

A responsável realçou que “sem um cessar-fogo urgente e uma paz negociada, as crianças continuarão a sofrer, enquanto as consequências do conflito também afetarão as crianças vulneráveis em todo o mundo”.

A agência das Nações Unidas alertou que as crianças que fogem da violência na Ucrânia correm sério risco de separação familiar, violência, abuso, exploração sexual ou de caírem em redes de tráfico humano.

A maioria destas “foi exposta a eventos traumáticos e precisa de ajuda urgente, segurança, estabilidade, serviços de proteção à criança e apoio psicossocial, especialmente aquelas que estão desacompanhadas ou foram separadas das suas famílias”, apontou ainda a Unicef.

A organização, que já prestou assistência a mais de 610 mil crianças e cuidadores psicossociais no conflito, apelou à comunidade internacional a doação de 948 milhões de dólares (cerca de 885 milhões de euros) para financiar a sua resposta humanitária, quer na Ucrânia, quer nos países de acolhimento de refugiados ucranianos.

Lusa