6 atitudes a tomar para evitar discussão conjugal em tempo de quarentena

Why are they arguing?

Os tempos são de descoberta para todos. A pandemia do Coronavírus está a reter famílias inteiras em casa, levando-as a viver em espaços confinados e por longos períodos, muitas vezes com teletrabalho e com trabalhos de cada para as crianças a par de tarefas domésticas e de convívio permanente. Os desafios são, por isso, totais.

O que a quarentena vai trazer para um casal é ainda uma carta fechada para especialistas como psicólogos ou terapeutas. As reações, admitem, podem ser de aproximação, mas também de distanciamento e de rutura, tudo dependerá da forma como cada um vive e lida com este momento preocupante. “Ambas são possibilidades. Este momento de convivência permanente pode constituir um detonador para uma separação ou pode constituir uma oportunidade catalisadora de crescimento e reencontro”, analisa Filipa Jardim da Silva.

Ao Delas.pt, a psicóloga enumerou erros e frases que devem ser evitados e que podem impedir que as subidas de tom e de fricção tenham lugar.

Frases como “tu és sempre assim”, “tu nunca irás..” ou qualquer afirmação iniciada por “tu” num tom acusatório.

Escutar-se mais a si mesmo e ao que acha que o outro está a dizer num diálogo ao invés de escutar com curiosidade e atenção.

Trazer para a discussão situações antigas

Criticar o outro com base em presunções ou esperar que o outro leia pensamentos mesmo em situações aparentemente “óbvias”

Fechar-se ao diálogo

Não saber parar quando uma discussão está a deixar de ser produtiva.

Por isso, recomenda Filipa Jardim da Silva, é importante, nesta fase, “criar momentos do dia para ter conversas mais pessoais quando os filhos já estão a dormir”, explica ao Delas.pt. A psicóloga lembra ainda a necessidade de “diferenciar o papel parental do papel conjugal” porque, “apesar das diferenças, discordâncias e atritos, enquanto pais devem ser uma equipa unida e mostrar isso mesmo às crianças”.

“Não projetar para os filhos tensões provenientes da relação a dois”, é uma terceira medida pedida pela especialista, que está a lançar um o serviço SOS Pais, individual e em grupo, a consulta SOS Adulto (de 30 ou 60 minutos) assente no modelo de Primeiros Socorros Psicológicos e Sessões de Relaxamento e Meditação, com o objetivo de fazer face a esta época de convivência permanente e em família.

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