A Frente Nacional apresenta hoje em Lyon a campanha eleitoral com o slogan “Em nome do povo”, tendo sido divulgadas 144 promessas que revelam o futuro que Marine quer para França.
– Negociar com a União Europeia as “quatro soberanias” – regresso à moeda franco, legislativa, económica, territorial e controlo de fronteiras
– Deixar o espaço Schengen
Imigração
– Reduzir a imigração a 10.000 pessoas por ano
– Acabar com o direito automático à nacionalidade francesa pelo casamento
– Acabar com dupla nacionalidade para não europeus
– Restringir a nacionalidade francesa para pessoas com pais franceses ou naturalizados (fim da regra automática por nascimento)
– Fim da obtenção automática da nacionalidade francesa através de casamento;
– Restringir o asilo nos pedidos feitos em embaixadas ou em países vizinhos dos que solicitam asilo
– Saída da zona Schengen, de livre movimento de bens e pessoas
Terrorismo
– Banir e dissolver todas as organizações, incluindo mesquitas ligadas a fundamentalistas islâmicos (já praticado, mas que a candidata considera que não está devidamente aplicado)
– Expulsar de França todas as duplas nacionalidades ligadas a redes ‘jihadistas’ e estrangeiros suspeitos
– Criar uma única agência antiterrorismo
Defesa e segurança interna
– Deixar o comando integrado da NATO
– Assegurar que a França se pode defender sozinha
– Reforçar as forças de segurança com mais 15.000 polícias
– Expulsão automática de criminosos e delinquentes estrangeiros
– Prisão perpétua para crimes mais graves
Identidade francesa
– Inserir na Constituição o conceito de “prioridade nacional”, que significa os franceses primeiro do que os estrangeiros em todos os domínios
– Remover a bandeira da União Europeia dos edifícios públicos
– Estender o secularismo a todos os espaços públicos (clara referência à proibição dos hijabs)
Instituições francesas
– Criar referendos populares sobre questões propostas por pelo menos 500.000 pessoas
– Instituir a representação proporcional no Parlamento (que favoreceria a Frente Nacional, o seu partido)
-Eliminação da lei de 1973 que assegura a independência do Banco de França face ao Estado, passando a permitir que este financie o Estado
– Retirada da bandeira da União Europeia de todos os organismos públicos onde ela atualmente está colocada
– Obrigação de usar uniformes em todas as escolas
– Criar uma “economia patriótica”, impedindo que investidores estrangeiros controlem os setores “importantes”