Escócia torna-se no primeiro país a dar pensos e tampões

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Já não é a primeira vez que a Escócia toma a dianteira. Se agora o parlamento aprovou uma lei para que os produtos de higiene íntima femininos sejam gratuitos – tornando-se no primeiro país a fazê-lo -, já no ano passado tinham surpreendido ao distribuir estes produtos a alunas de todos os níveis educativos. Já em 2018, tinha garantido acesso aos mesmos por parte de estudantes oriundas de famílias com baixos rendimentos.

Agora, com 112 votos a favor, uma abstenção e nenhum contra, o parlamento escocês aprova a gratuitidade generalizada a toda a população feminina, uma medida que deverá custar anualmente ao Estado cerca de 28,6 milhões de euros.

Os produtos vão passar a estar disponíveis em centros de saúde, clubes juvenis e farmácias. Acaba assim um custo que tem sido taxado, pelo IVA, como um produto de luxo e que, no Reino Unido, chegava mesmo a impedir raparigas de irem à escola por falta de rendimentos familiares que permitissem adquirir este tipo de produtos.

De acordo com as estimativas, uma mulher vive 35 anos com menstruação – desde o primeiro episódio até cerca dos 50 anos, quando chega a menopausa – e as estatísticas apontam para um uso de dez mil tampões ou pensos higiénicos ao longo desse período fértil. Tal traduz-se num gasto que ronda os 1500 euros, dependendo, claro, do número de produtos que são necessários.

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