8 estratégias para combater a sensação de solidão

Alívio para muitos, a chegada do fim de semana é também sinónimo de tempo passado a sós para alguns. Numa era em que as redes sociais estabelecem ligações diretas entre todos, elas parecem ao mesmo acarretar alguma distância física. Sensação que se acentua quando há mais tempo livre.

E esta impressão da solidão começa a estar cada vez mais plasmada nos estudos científicos. Segundo cita a revista Prevention, cerca de metade dos americanos dizem-se sozinhos na maior parte do tempo, dados que chegam de um estudo de 2018, promovido por uma empresa de prestação de serviços de saúde globais e que inquiriu 20 mil pessoas.

A análise diz ainda que os adultos com idades compreendidas entre os 18 e os 22 anos (a apelidada geração Z) e os que têm entre 23 e 27 (os Millenials) estão mais sós e afirmam estar em piores condições de saúde do que os mais velhos.

Numa outra perspetiva, o estudo indica que os estudantes notam mais altos níveis de solidão do que os reformados, notando ainda não haver diferenças estruturais entre homens e mulheres. Ou seja, estão mais ou menos ao mesmo nível

Mais do que significar viver sozinho, não ter parceiro e ascendentes ou descendentes familiares por perto, a solidão aqui retratada passa por “uma sensação ou experiência subjetiva” muitas vezes descrita pela falta de conexão com outros ou pela tristeza devida à falta desse tipo de ligações, segundo explica à revista americana a psicóloga clínica e fundadora do Centro de Saúde e Bem-Estar LCC em Massachussets, Sari Chait. Esta especialista lembra que a sensação pode ser pontual, mas há margem para que venha a ser crónica.

Jacqueline Olds, psiquiatra no Hospital Central de Boston e autora da obra The Lonely American (O Americano Só, em tradução literal), lembra mesmo que tal pode acontecer havendo ou não pessoas à volta.

Solidão como problema de saúde pública

Sendo crónica, esta sensação e este estado permanente de se estar só acarreta consequências para a saúde dos indivíduos, tendo já levado especialistas de diversas áreas a considerar – em múltiplas investigações – esta realidade como um problema de saúde pública.

Para além de um maior risco de morte prematura, a solidão surge associada a um funcionamento distinto do sistema imunitário e de inflamações permanentes. Casos que não excluem, claro, os sintomas depressivos e um declínio cognitivo.

Na galeria acima, encontre oito caminhos possíveis deixados pelas duas especialistas norte-americanas citadas e que podem ajudar a incrementar a sensação de inclusão e uma maior predisposição para a alegria e consequente felicidade.

Imagem de destaque: Shutterstock

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A solidão mata mesmo