O número de mulheres que se propõem a disputar o terreno político do país presidido por Donald Trump nunca foi tão alto como agora. Em ano de eleições intercalares, marcadas para 6 de novembro, nos Estados Unidos da América, as candidatas tomam o pulso ao tempo e posicionam-se no espaço para se digladiarem por um lugar no Congresso, como governadoras e até como pretendentes à corrida presidencial de 2020, posicionando-se para as primárias.
Mais do que elas serem em maior número nas múltiplas corridas eleitorais que se apresentam nos Estados Unidos, elas também estão a ganhar. Olhando para os números atuais no Congresso, elas ocupam menos de 20% do total dos assentos no Congresso: 23 mulheres em 100 elementos no Senado e 84 (19,3%) na Câmara dos Representantes.
Uma verdadeira “onda rosa” – como já é conhecida – e que suplanta todos os números até hoje conhecidos. Se não, vejamos: só para a Câmara dos Representantes norte-americana, já existem 185 mulheres firmadas na corrida para 6 de novembro, num total de 476. Faltam ainda disputar lugares para os quais correm 287 candidatas femininas. As democratas estão mesmo em maior número (356 para 120 republicanas).
Efeito Trump: um ano de Casa Branca, um ano negro para as mulheres
Dados que chegam do Center for American Women and Politics (e que pode ser consultado no original aqui), esta quinta-feira, 9 de agosto. Segundo estimativas apresentadas pelo site norte-americano Vox, elas podem vir a segurar mais lugares no Congresso do que os candidatos masculinos brancos, sobretudo na ala democrata.
“Tem sido um período eleitoral de recordes para as mulheres candidatas e esta noite [7 de agosto] a história continua”, referiu a presidente daquele Centro, Debbie Walsh.
Para o Senado, e com menos lugares disponíveis, estão na corrida 54 mulheres. E se 22 já perderam, 13 (9 democratas 4 republicanas) já estão nomeadas. Restam ainda 32 em competição e, uma vez mais, as do partido de Trump são as que estão em menor número. No que diz respeito ao cargo de governador, 11 mulheres já têm trilho firmado e ainda faltam 28 candidatas cujo destino está por definir. 33 ficaram pelo caminho.
Segundo aquele Centro norte-americano, o recorde de mulheres a concorrer para a Câmara dos Representantes até hoje conhecido era de 167. No entanto, esta marca foi mesmo suplantada largamente esta semana, somando já 185, das quais 143 apresentam-se pelos democratas. Já para encontrar a melhor marca feminina para o Senado, é preciso recuar a 1994 para contar uma dezena de candidatas.
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