A austríaca que ajudou à independência do Brasil

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Leopoldina de Habsburgo-Lorena, nascida em Viena em 1797, foi imperatriz do Brasil entre 1822 e 1826 e rainha de Portugal entre março e maio de 1826.

Filha do imperador austríaco Francisco I e cunhada de Napoleão (que casou com a sua irmã Maria Luísa), Leopoldina casou com D. Pedro, herdeiro do trono português, em 1817, numa cerimónia em Viena por procuração pois o príncipe estava no Brasil. Viajou por terra até Livorno e depois por mar até ao Rio de Janeiro, com escala na ilha da Madeira.

Foi recebida em festa pela família real portuguesa, que desde as invasões napoleónicas se refugiara no Brasil. Quando D. João VI regressou a Lisboa, Leopoldina foi uma ativa apoiante da causa independentista brasileira, aconselhada por José Bonifácio.

Teve um papel-chave no chamado Grito do Ipiranga de 7 de setembro de 1822, quando D. Pedro I deu o passo decisivo para se proclamar imperador do Brasil. Amante de botânica e boa caçadora, deu-se de início bem com o marido, mas depois teve de suportar as muitas amantes de D. Pedro I (IV de Portugal). Teve sete filhos, morrendo de parto em finais de 1826. Foi mãe de D. Maria II, rainha de Portugal, e de D. Pedro II, imperador do Brasil, assegurando assim que a dinastia do Bragança continuava a governar dos dois lados do Atlântico.

Imagem de destaque: Pintura de Georgina de Albuquerque