A linha Committed da Mango está ainda mais sustentável

A moda rápida e barata – conhecida como fast fashion – veio mudar paradigmas, tornando-se a segunda indústria mais poluente do mundo. Numa tentativa de conter o prejuízo, surgem cada vez mais marcas que abraçam a sustentabilidade e fazem do consumo ético e consciente uma bandeira. A Mango está entre aquelas que se importam, com um número crescente de peças que têm em conta o meio ambiente.

A coleção Mango Committed é, agora, uma coleção permanente da empresa e que engloba todas as peças com características sustentáveis. Atualmente, 79% das peças têm propriedades ecológicas. O objetivo é alcançar os 100% até 2022.

Contudo, a proatividade da marca nas questões ambientais não é de agora. Desde a assinatura do Pacto da Moda, em 2019, que a marca espanhola tem assumido compromissos firmes na redução de emissões e resíduos, na economia circular, biodiversidade, transparência e rastreabilidade.

“Os materiais e processos sustentáveis são cada vez mais imprescindíveis nas nossas coleções”, afirmam.

Quanto ao uso de fibras, 64% do algodão é de origem sustentável, assim como 19% do poliéster. O objetivo é que até 2025, o algodão atinja os 100% e que 50% do poliéster seja reciclado.

Recorde-se que, em 2019, a marca introduziu a tecnologia Ecowash na produção de roupas, que ajudou a reduzir o consumo de água, energia e produtos químicos. Além disso, incorporou o uso de algodão BCI (Better Cutton Initiative) cujas técnicas de cultivo são sustentáveis. O consumo de água necessário para o fabrico das suas calças de ganga, por exemplo, já foi reduzido em 38%.

Na linha Committed predominam os tecidos naturais como o linho e o algodão em tons de terracota e cru.

Reciclagem: a Mango doou 42 toneladas de roupa

Falar em reciclagem é, inevitavelmente, falar em Economia Circular. Este é um conceito fulcral na hora de falar de sustentabilidade, mas para alguns, ainda desconhecido. Na verdade, nada mais é do que uma estratégia assente na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia.

Nesse sentido, e tendo em vista dar uma segunda vida aos seus produtos, só em 2020 a marca doou 42 toneladas de peças de roupa.

As peças são recolhidas nos pontos de venda da Mango. Em 2020 estiveram disponíveis 610 pontos de reciclagem nas suas lojas em 11 países, incluindo Portugal.

Sabe-se que, só em Portugal, são deitados ao lixo 200 mil toneladas de têxteis por ano (APA, 2017).

Sacos de Plástico

Todavia, os projetos para fazer frente ao impacto ambiental estão, também, presentes naquilo que, por vezes, parecem ser apenas detalhes. A Mango continua firme na distribuição dos sacos de papel em todas as suas lojas. A meta da empresa é eliminar progressivamente, em colaboração com os seus fornecedores, todos os sacos de plástico em toda a cadeia produtiva e distributiva.

Maior transparência

Em outubro do ano passado a Mango publicou no site da empresa a lista de fábricas de produção nível 1 – ou seja, envolvidas no embalamento e acabamento dos produtos – com as quais colabora, seguindo os requisitos da Transparency Pledge Standard, uma iniciativa que advoga a transparência nas cadeias de fornecimento da indústria da confeção e do calçado.

Esta transparência na cadeia permite que também os direitos humanos sejam assegurados.

“A publicação desta informação é uma ferramenta poderosa para o fortalecimento dos direitos das pessoas que trabalham em confeção, bem como para promover a responsabilidade nas cadeias de fornecimento globais dentro do setor da moda”, explicou Beatriz Bayo, diretora de RSE da Mango, à Activa.

Parcerias

Ainda no âmbito do Pacto da Moda, a Mango vai colaborar com a Associação Vellmarí, fundada em 1933 e dedicada a realizar projetos de conservação e educação no Mediterrâneo a partir da sua sede em Formentera.

Especificamente, a Mango apoiará o projeto Posidonia Lab, um projeto pioneiro de conservação marinha que integra inovação, pesquisa, educação marinha e sensibilização para a proteção da posidónia, uma espécie endémica do Mediterrâneo.