A menina albina que já conquistou o mundo da moda

Os pais dizem que quando ela nasceu, no domingo de Páscoa de 2008, chamou imediatamente a atenção. Filha de um casal de afro-americanos, Ava Clarke tinha pele e olhos claros. “Apesar de não ter praticamente cabelo, percebeu-se logo que seria loira. A sua beleza era de cortar a respiração”, lê-se no site oficial da jovem.

Oito anos depois, Clarke é uma jovem manequim que está a conquistar o mundo da moda. Nãom sem antes lhe ter sido diagnosticado albinismo, poucos meses após o seu nascimento, e de os médicos terem afirmado que seria praticamente cega. “Afirmaram que não conseguiria ver sem o auxílio de lentes”. Aos quatro meses começou a frequentar uma escola para invisuais. Aos cinco anos mudou-se para uma escola regular, que ainda hoje frequente. “E raramente utiliza óculos”, sublinha o seu perfil no mesmo site.

Amante de leitura, ginástica, corrida, ballet e de memorizar guiões, já trabalhou com diferentes fotógrafos – como Sterling e Lance Gross – e protagonizou sessões para revistas como a ‘Vogue’ norte-americana. Um dos seus mais recentes trabalhos é a curta-metragem ‘Leche’, de Gabriella A. Moses, sobre uma menina latina com albinismo e na qual contracena com Dasani Nuñez, Jessica Pimentel (de ‘Orange is the New Black’ e Massiel Mordan).

Independentemente do que faça, Ava Clarke parece saber o que quer. E quem é. De todas as vezes que uma publicação é feita nas redes sociais em seu nome – porque são os pais quem as gerem, assim como à sua carreira de manequim -, há um grito de guerra que lhe é associado e que diz quem a conhece que lhe assenta na perfeição: “I am who I am” (“Sou quem sou”).