“A morte da Amália deixou um espaço aberto para aparecer alguém, e apareci eu”

Mariza GI_Gustavo Bom
Mariza [Fotografia: Gustavo Bom/Global Imagens]

A fadista Mariza afirmou, numa entrevista, este sábado, ao jornal La Opinion, da Corunha, que a morte de Amália Rodrigues, a 6 de outubro de 1999, deixou um vazio no panorama do fado e criou espaço para aparecer alguém novo, como a própria Mariza.

Questionada sobre se o seu primeiro disco, ‘Fado em Mim’, editado em 2001, tinha contribuído para abrir as portas também a fadistas mais antigas, Mariza respondeu que, à altura, não havia muitas cantoras a cantar o mesmo tipo de fado que o seu disco apresentou e que a sua imagem – sobretudo o cabelo muito curto e loiro – também contribuiu para dar uma ideia mais moderna da canção portuguesa.

Mas esse não foi o único motivo. “Também o falecimento de Amália Rodrigues deixou um vazio. A morte da grande diva do fado deixou um espaço aberto para que pudesse aparecer alguém, e apareci eu”, afirma Mariza na entrevista.

Na mesma resposta, a fadista fala igualmente dessa nova imagem, mais contemporânea, que trouxe ao fado.

“Eu tenho uma forma muito própria de me apresentar. As cantoras de fado tinham todas o cabelo escuro e vestiam-se de negro, não tinham um cuidado mais fashion. E eu sou uma fanática da moda. As pessoas começaram a dizer: ‘Quem é esta maluca de cabelo loiro que canta fado?”

Mariza, que está nomeada para os Grammy Latinos, atuou na Corunha, na Galiza, este fim de semana. O pretexto foi o seu novo e homónimo álbum, sétimo de estúdio, que servirá de base também aos concertos marcados para os Coliseus, em março de 2019.

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