A cantora de pop e R&B foi uma das figuras de destaque da 59ª cerimónia que recompensa o que de melhor se produziu na indústria musical norte-americana. Depois de interpretar dois temas, ‘Love Drought’ e ‘Sandcastles’, extraídos do álbum ‘Lemonade’, Beyoncé levou ainda para casa dois prémios: o de melhor álbum contemporâneo e o de melhor videoclipe pela música ‘Formation’.
Ainda assim, as expectativas eram altas para a cantora norte-americana, que estava nomeada em outras sete categorias para o seu álbum ‘Lemonade’. Na noite deste domingo, Beyoncé tinha em mãos a possibilidade de bater dois recordes: o maior número de vitórias alcançadas numa única noite – detido por Michael Jackson, em 1984, e o multi-instrumentalista Carlos Santana, em 2000, com 8 Grammys cada um – e o recorde do maior número de sempre de prémios conquistadas para uma artista feminina, recorde que pertence à cantora de música country Alison Krauss, com 27 Grammys arrecadados.
A cantora de 35 anos, que possui 21 estatuetas, estava ainda nomeada para melhor performance pop a solo (‘Hold Up’), gravação do ano (‘Formation’), melhor performance rock (‘Don’t Hurt Yourself’), melhor colaboração rap/cantada (pela música ‘Freedom’), música do ano (‘Formation’), álbum do ano (‘Lemonade’) e melhor música para um filme (‘Lemonade’).
Quem reagiu com surpresa com as recompensas que (não) foram atribuídas à mulher de Jay Z foi a cantora britânica Adele, que ao receber o Grammy para melhor álbum protagonizou o momento mais emocionado da noite, dedicando o seu discurso e o troféu a Beyoncé, que também estava nomeada na mesma categoria, por ‘Lemonade’. Começando por agradecer a todos aqueles que a ajudaram a criar e produzir ’25’, e que subiram ao palco com ela, Adele dirigiu umas palavras a Beyoncé que estava na primeira fila.
“Não posso aceitar este prémio. E agradeço-o com muita humildade e graciosidade. Mas aartista da minha vida é Beyoncé”, disse emocionada. “Para mim o álbum ‘Lemonade’ é monumental e tão bem pensado”. “Vimos um lado seu que não estávamos habituados a ver”, afirmou. Beyoncé não ficou indiferente e emocionou-se também, sobretudo porque todo o discurso de Adele se converteu numa homenagem à cantora americana. “A forma como nos faz sentir, a mim e aos meus amigos negros, faz-nos sentir com mais poder […]”, elogiou.