Clare Waight Keller foi a estilista escolhida para desenhar o vestido de noiva mais aguardado dos últimos anos. Meghan Markle, ao contrário do que todos esperavam, entrou na igreja com um simples e elegante vestido branco assinado pela Givenchy.
Claire foi nomeada diretora criativa da Givenchy em 2017 e ontem, 1 de julho, apresentou a sua segunda coleção de alta costura para esta casa de moda. O cenário escolhido foi o jardim do Arquivo Nacional em Paris, onde desfilaram 42 coordenados – um número muito superior ao de modelos apresentados por Ricardo Tisci na semana de moda de alta costura, já que na sua última coleção de Haute Couture o designer apresentou apenas 27 propostas.
O desfile de alta costura outono-inverno 2018/19, apresentado este domingo, prestou homenagem a Hubert Givenchy, o fundador da marca que faleceu em março passado aos 91 anos. Clare Waight Keller visitou os arquivos da marca e de lá trouxe as capas, algumas imagens do filme Breakfast at Tiffany’s, cujo guarda-roupa foi desenhado por Hubert, e as formas arquitetónicas. A estas referências Claire juntou a sua assinatura, pautada pela dualidade cromática, pelas linhas longas e retas, pelos decotes modestos e jogos de poder entre feminino e o masculino.
Ao contrário do seu antecessor Ricardo Tisci, que desenhava uma sensualidade boémia e desafiadora, repleta de detalhes que variavam entre o boho e o rock, Clare aposta numa sensualidade modesta mas poderosa e sofisticada, uma combinação que geralmente agrada às mulheres do Médio Oriente. Talvez seja este um dos mercados que a casa francesa quer conquistar, e depois de ter levado Meghan Markle ao altar, este é provavelmente o momento mais certeiro para conquistar as princesas do mundo árabe, sobretudo numa altura em que alguns países começam timidamente a dar alguns passos por uma maior liberdade feminina.
Imagem de destaque: Reuters
Givenchy: das memórias de infância às luzes mágicas de Hollywood
